Novo Ano Letivo com velhos e novos problemas!

No dia 19 de setembro iniciou-se mais um ano letivo.
A falta de professores está no centro das preocupações das famílias e alunos.
Esta é uma realidade que o Sindicato dos Professores da Zona Sul (SPZS) e a FENPROF têm denunciado há já vários anos, desde que começou a ser constatado nas escolas.
O anterior ministro da educação afirmou que a falta de professores se cingia a casos pontuais. O atual ministro da educação, João Costa, disse, no início de setembro, que apenas 60 mil alunos não tinham todos os professores.
A desvalorização da falta de professores por parte dos sucessivos governos arrastou-se no tempo e atualmente a situação está generalizada por todo o país e na maioria das disciplinas.
O atual ministro da educação achou que iria resolver o problema impedindo que os docentes doentes fossem deslocados para escolas perto das suas residências e/ou dos locais de tratamento das suas doenças.
Como era expectável os docentes doentes que não conseguiram aproximar-se, como não conseguem estar nas escolas onde estão colocados (a muitos quilómetros de casa e/ou dos locais de tratamento) estão a entregar atestados médicos. Se se tivessem aproximado poderiam dar o contributo possível que a sua situação clínica permite mas o Ministério da Educação optou por não lhes dar esta oportunidade de contribuir, privando muitas escolas de docentes que desempenham tarefas fundamentais para os alunos.
Outra forma de tentar resolver o problema é permitir que cidadãos com licenciatura possam dar aulas, ou seja, cidadãos que não tendo a formação pedagógica (parte fundamental dos cursos de professores para o trabalho direto com os alunos) vão dar aulas.
Esta solução foi adotada após o 25 de abril de 1974 quando se deu a massificação do ensino e não existiam professores formados em número suficiente.
Este retrocesso de quase 50 anos tinha sido evitável se os sucessivos governos não tivessem desvalorizado a profissão docente e a educação em Portugal.
O atual governo tem de perceber que, em defesa de uma educação de qualidade em Portugal, no próximo Orçamento do Estado, tem de investir na profissão docente e na escola pública. A bem de todos mas principalmente das futuras gerações!

Educadora de Infância – Dirigente coordenadora distrital de Faro, do SPZS

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