Novos órgãos da Confederação Nacional dos Caçadores tomaram posse no Algarve

A Confederação Nacional dos Caçadores Portugueses celebra, em 2023, o seu 30.º aniversário

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Após dois anos de interrupção devido à pandemia, a 24.ª Feira de Caça, Pesca, Turismo e Natureza voltou a realizar-se em Albufeira, promovendo o mundo rural e as atividades cinegéticas num local único e de grande centralidade.

A Confederação Nacional dos Caçadores Portugueses (CNCP), marcou presença no certame com um stand promocional e levou a cabo a eleição dos novos Órgãos Sociais que assumirão os destinos da Confederação, no quadriénio 2022-2026.

A eleição decorreu no dia 09 de julho, tendo a tomada de posse acontecido no dia seguinte, após o colóquio dedicado ao tema “A problemática da caça em Portugal e suas patologias”.

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O presidente é agora Vítor Palmilha, que regressa a um lugar que bem conhece, uma vez que assumiu esta responsabilidade entre 2008 e 2012.

A presidência da Assembleia Geral fica entregue a António Martins Antunes, da Federação dos Clubes de Caça e Pesca do Distrito de Viseu. José Fernando Figueiredo Luís, da Federação de Caçadores do Algarve, mantém-se como presidente do Conselho Fiscal, enquanto Jorge Iris Nogueira, da Federação de Caça e Pesca da Beira Interior, é reconduzido na presidência do Conselho Jurisdicional.

Também reconduzidos foram Nelson Ribeiro Coutinho, da Federação das Zonas de Caça do Oeste, como líder do Conselho Disciplinar e Mário Garcia da Fonseca, da Federação de Caça e Pesca da Beira Interior, como presidente do Conselho de Arbitragem. Levi Roçadas Pires, da Federação das Associações de Caçadores da 1.ª Região Cinegética, é o novo presidente do Conselho Técnico.

No discurso de tomada de posse, o novo presidente da CNCP destacou o papel dos caçadores na recuperação do património cinegético e na defesa e preservação da fauna e flora, dando como exemplo a libertação do lince ibérico, o regresso de várias espécies de águias ao Parque Natural do Guadiana ou o ressurgimento do gato bravo. O peso económico do setor foi também devidamente relevado.

Dirigindo-se ao secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas, Vítor Palmilha falou da necessidade de ser abolida a taxa das Zonas de Caça Associativas e Turísticas e fez ainda referência a “alguns partidos políticos que apresentam propostas desajustadas da realidade, mostrando total desconhecimento do setor e do mundo rural”.

Na sua intervenção, lembrou a necessidade de rever os critérios de acesso aos fundos do PDR 2020, atualmente limitado às zonas rurais, de maneira a que este instrumento de apoio possa ser alargado a outros territórios.

A implementação de uma vacina para tratamento dos coelhos, o alerta para questões como a doença das perdizes, a peste suína e a sugestão para a criação de centros de recuperação de lebres em todos distritos, foram ainda temas levantados.

Recordando que a CNCP é a maior do género no país, o dirigente manifestou total disponibilidade para trabalhar em conjunto com o Governo, apelando a que as reformas “não sejam feitas nas costas das organizações”. Nesse sentido, manifestou disponibilidade em colaborar nas necessárias alterações à regulamentação da Lei da Caça, bem como em alterações a diversas portarias, dando como exemplo a relativa às Zonas de Caça Municipal.

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