Será inaugurada no dia 24 de abril, pelas 17h00, no Núcleo Islâmico do Museu Municipal de Tavira, a exposição “Salazar 40 anos?”, que apresenta um conjunto de réplicas dos desenhos de Cláudio Figueiredo Torres, de meados da década de 60, denunciando o regime salazarista.
“Os desenhos são um testemunho direto dos anos 60, quando a biografia do autor assinala a breve experiência estudantil na Escola de Belas Artes do Porto, a perseguição política e os exílios em Marrocos (onde trabalhou no Ministério do Urbanismo de Rabat) e na Roménia (onde participou na emissão diária da “Rádio Bucareste” dedicada a Portugal)”, lê-se na sinopse da exposição.
Várias décadas após a queda do regime, os desenhos originais de Cláudio Torres foram redescobertos e encontram-se, hoje, em depósito, no Centro de Documentação 25 de Abril, da Universidade de Coimbra.
A exposição que estará patente, até 18 de maio, no Núcleo Islâmico do Museu Municipal de Tavira.
Nascido em 1939, Cláudio Torres é um reconhecido arqueólogo, historiador, museólogo e dinamizador sociocultural, com uma carreira reconhecida, que inclui a fundação e direção do Campo Arqueológico de Mértola e da revista “Arqueologia Medieval”. É doutor “Honoris Causa” pela Universidade de Évora (2001) e “Prémio Pessoa” (1991), entre várias outras distinções.