Nuno Santos processa RTP

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Antigo diretor da RTP vai recorrer judicialmente do despedimento sem justa causa decretado pela administração da estação pública.

A administração da RTP decidiu despedir por justa causa e sem direito a indemnização o antigo diretor da estação pública. Nuno Santos promete agora recorrer da decisão “nos tribunais e noutros fóruns”.

“Recebi sem surpresa este desfecho anunciado. O assunto será agora tratado nos tribunais e noutros fóruns. Sem tréguas nem desfalecimentos”, disse hoje o jornalista ao Expresso.

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“Lamento muito que 15 anos de trabalho na rádio e na televisão públicas terminem desta forma”, acrescentou.

Em comunicado publicado na sua página da rede social Facebook, escreveu: “Travarei a partir de hoje uma luta sem quartel, nos tribunais e em outros foruns, contra este saneamento anunciado e agora oficializado. A honra dos homens não se atira impunemente aos cães.”

O relatório final do processo disciplinar foi entregue pelo advogado à administração liderada por Alberto da Ponte na semana passada.

“Saneamento político”

Este processo foi instaurado na sequência das declarações proferidas pelo antigo diretor da RTP numa comissão parlamentar, onde foi ouvido sobre o visionamento por elementos da Polícia de Segurança Pública de imagens gravadas durante uma violenta manifestação frente à Assembleia da República, a 14 de novembro de 2012.

Aos deputados da comissão de ética, Nuno Santos disse que a sua demissão surgiu na sequência de um “saneamento político” promovido pela administração da RTP e pelo Ministro com a tutela da comunicação social, Miguel Relvas, por alegado desconforto com a linha editorial da informação da RTP.

No comunicado agora publicado no Facebook, volta a lembrar que a instauração do processo disciplinar foi desencadeado “exclusivamente por alegado delito de opinião, algo que está banido da ordem jurídica portuguesa desde a entrada em vigor da Constituição da República em 1976”.

Nuno Santos estava proibido de entrar nas instalações da empresa desde novembro.

Adriano Nobre e Carlos Abreu (Rede Expresso)
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