Obviamente, Ronaldo

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Agora a sério. Havia mesmo alguém que esperava outro vencedor? Impossível (vamos ignorar a votação incomum do selecionador inglês, Roy Hodgson, que escolheu como os melhores Mascherano, Lahm e Neuer). Sim, Manuel Neuer é o melhor guarda-redes do mundo. Sim, Lionel Messi tem um talento inigualável. Mas Cristiano Ronaldo foi, em 2014, o melhor de todos (como disse Carlo Ancelotti, com quem Ronaldo trocou declarações de amor). Basta olhar para os números da votação dos jogadores, treinadores e jornalistas: 37,66% para Ronaldo, 15,76% para Messi e 15,72% para Neuer.

O crescimento do puto que trocou a Madeira por Lisboa e Lisboa por Manchester ficou evidente no discurso de agradecimento da conquista da terceira Bola de Ouro da carreira, depois das vitórias em 2013 e 2008. Ao contrário do ano passado, Ronaldo não chorou. Sorriu, muito, e falou de forma tranquila, madura, demonstrando a ambição que o caracteriza. “Nunca pensei ganhar três vezes esta bolinha. Mas espero não parar por aqui. Espero apanhar o Messi já na próxima época [Messi tem quatro Bolas de Ouro]. Como disse muitas vezes, quero entrar na história do futebol como o melhor”, afirmou.

Aos 29 anos (faz 30 a 5 de fevereiro), Ronaldo igualou Van Basten, Platini e Cruyff, mas quer mais. Quer chegar à quarta Bola de Ouro. Porque quer sempre mais. “Qual o melhor golo que já marcaste?”, perguntaram-lhe durante a cerimónia (que foi longa, longa, longa – até houve tempo para um momento musical). Resposta: “O melhor é sempre o próximo que vou marcar”.

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Os outros

Antes do momento mais esperado da noite (para além daquele momento em que vemos o que Messi traz vestido desta vez – um fato grená), houve outros a ficar com um sorriso nos lábios em Zurique. O selecionador alemão, Joachim Löw (36.23%), ultrapassou Carlo Ancelotti (22.06%) e Diego Simeone (19.02%) na corrida de melhor treinador, motivando um entusiástico “bravo” do técnico do Real Madrid.

Do lado feminino, a alemã Nadine Kessler, que conquistou a Liga dos Campeões feminina com o Wolfsburg, confirmou o favoritismo sobre a brasileira Marta e a norte-americana Abby Wambach. Nos treinadores, o prémio também foi para um alemão: Ralf Kellerman, também do Wolfsburg.

O colombiano James Rodriguez marcou o melhor golo do ano (os outros finalistas foram Van Persie e Stephanie Roche), o prémio do presidente foi para o jornalista japonês Hiroshi Kagawa e a distinção Fair Play foi para os voluntários da FIFA.

Quanto ao onze do ano (Manuel Neuer, Sergio Ramos, David Luiz, Philipp Lahm, Thiago Silva, Andres Iniesta, Toni Kroos, Angel Di Maria, Arjen Robben, Lionel Messi, Cristiano Ronaldo), só contou com um português. Obviamente, Ronaldo. Havia dúvidas?

RE

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