OIM sublinha recordes de migrantes em 2023 e avisa que situação está mais complexa

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A diretora-geral da Organização Internacional para as Migrações (OIM), Amy Pope, sublinhou esta semana o aumento histórico de migrantes em todo o mundo durante este ano e defendeu que as migrações estão a tornar-se mais complexas.

Num vídeo publicado no ‘site’ da OIM a propósito do Dia Internacional dos Migrantes (18 de dezembro), Amy Pope referiu que “o mundo assistiu, em 2023, a aumentos históricos do número de pessoas em movimento devido às alterações climáticas, aos conflitos e às grandes disparidades económicas”.

A migração “é tão antiga quanto a própria humanidade”, reconheceu Amy Pope, lembrando, no entanto, que a atividade “está a tornar-se mais complexa”.

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Considerando que se está a viver “um momento crítico”, não só para os migrantes atuais, mas também para os do futuro e para os que querem manter-se nos locais onde vivem, a diretora-geral da OIM defendeu a necessidade de procurar “soluções que tenham como base as pessoas”.

A migração “é uma pedra angular do desenvolvimento sustentável, da prosperidade e do progresso”, sublinhou, acrescentando que “as pessoas em movimento são poderosos impulsionadores do desenvolvimento, tanto nos países de origem como nos países de destino” porque representam novos “trabalhadores, estudantes, empresários, familiares, artistas e muito mais”.

Além disso, referiu, os migrantes criam “misturas únicas de culturas e perspetivas”, já que “mantêm, muitas vezes, fortes ligações aos seus países de origem, ao mesmo tempo que abraçam as suas novas comunidades, para onde levam uma riqueza de conhecimentos, experiência e competências”.

Por isso, defendeu a líder da OIM, agência que integra o sistema da ONU, é preciso reconhecer o poder da migração.

“A migração faz parte da solução para uma maior prosperidade económica” e é “uma parte fundamental da solução para as alterações climáticas”, pelo que é fundamental “trabalhar juntos para aproveitar o poder da migração”, afirmou ainda Amy Pope, apelando a cada pessoa para ser “um agente de mudança”.

O Dia Internacional dos Migrantes, cujo tema este ano é a promoção de migração segura, é comemorado anualmente pelas Nações Unidas a 18 de dezembro para assinalar “as contribuições significativas dos migrantes e esclarecer os desafios que enfrentam”.

A comemoração teve início em 2000, quando a Assembleia-Geral das Nações Unidas proclamou oficialmente o dia devido ao número crescente de migrantes em todo o mundo.

Segundo o Relatório Mundial sobre Migração 2022, o último publicado pela ONU, existem 281 milhões de migrantes internacionais, o que equivale a 3,6% da população mundial.

No relatório anterior, lançado em 2019, o número contabilizado era de 272 milhões de migrantes internacionais, ou seja, 3,5% da população global.

Na década de 1970, o total de migrantes internacionais rondava os 80 milhões de pessoas, o equivalente a 2,3% da população mundial.

Também o relatório anual sobre migração da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), publicado em finais de outubro, refere que a migração atingiu um recorde histórico em 2022, com 6,1 milhões novos migrantes, número que excluiu os refugiados ucranianos.

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2 COMENTÁRIOS

  1. As migrações, quando descontroladas, têm também o seu lado pérfido, visto que poderão colidir gravemente, quando em excesso, com a descaracterização dos legítimos costumes, tradições e cultura das populações recebedoras, com as mais do que certas e consequentes erupções de violências futuras.
    O factor religioso costuma ser um dos condimentos quase sempre presentes nestes desencontros, que poderão assumir aspectos muito gravosos, pelo que será assisado ter presente o velho ditado de que “Mais vale prevenir do que remediar”, porque nem tudo são horizontes azuis, no que mexe com o equilíbrio social dos povos.
    Muito longe disso.

  2. Adenda ao comentário acima.
    … E não se venha com balelas, como a de “xenofobia”, useira e vezeira no estafado argumentário da nova esquerda “woke”, ligada aos comunistas troitzkistas do BE, porque cada povo, qualquer povo tem o sagrado direito a ver preservada a sua matriz e o seu cunho identitário.

    O termo de “ódio”, repetido até à exaustão, não faz qualquer sentido, porque ninguém sente ódio por quem não conhece e mais não é do a tentativa de inibir o cidadão comum de intervir civicamente, na defesa dos seus direitos.

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