OM pede condições para hospitais periféricos fixarem profissionais

Para o representante da OM, também “os preços da habitação”, que “dispararam nos últimos meses” representam “mais um agravamento das situações de quem se queira deslocar” para outros território

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A Ordem dos Médicos (OM) defendeu esta terça-feira que os hospitais periféricos precisam de ter condições para fixar profissionais de saúde numa “carreira atrativa” ao longo dos anos e que “compensem” o afastamento “das grandes metrópoles”.

“Os hospitais periféricos precisam de condições que ajudem as pessoas a fixar-se e que compensem o facto de estarem afastados das grandes metrópoles”, afirmou o presidente do Conselho Regional do Sul da OM, Alexandre Valentim Lourenço.

O responsável alertou que é necessário “ter condições de trabalho para que os recursos humanos possam fazer uma carreira atrativa durante 30 anos na mesma região ao serviço dessas populações”.

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“A principal preocupação é saber se, no futuro, a carreira médica volta a ser reerguida [e] se existem outras formas de compensar o facto de as pessoas virem de Lamego, Lisboa ou do Algarve para trabalhar no litoral alentejano”, sublinhou.

No seu entender “tem que valer a pena esta deslocação de vários profissionais de grande qualidade para um hospital onde podem fazer uma carreira diferente e melhor”.

“Estas condições estão muito destruídas nos últimos anos, não tem havido incentivos, capacidade de fixação, nem outras formas que apelem e facilitem a integração destas pessoas cheias de boa vontade”, criticou.

Por isso, defendeu ser “importante perceber se, nos próximos meses, a direção executiva, o Ministério da Saúde, modifica estruturalmente as condições de carreira para que mais gente venha para estes hospitais e que, a pouco e pouco, se compense as reformas que estão iminentes”.

Para o representante da OM, também “os preços da habitação”, que “dispararam nos últimos meses” representam “mais um agravamento das situações de quem se queira deslocar” para outros território.

Para Alexandre Valentim Lourenço, “não se podem criar apenas incentivos para os médicos que se queiram fixar, esquecendo os que estão há 20 ou 30 anos” na região, criando “uma desigualdade” e “um clima de injustiça”.

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