OMS alerta para aumento de infeções não diagnosticadas do VIH

Quase 300 casos de VIH foram diagnosticados diariamente no ano passado em 46 dos 53 países da região, incluindo 45 diários na UE/EEE, totalizando 106.508 casos em toda a região

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou-se esta semana preocupada com o aumento do número de infeções não diagnosticadas do vírus da imunodeficiência humana (VIH) na região europeia, que engloba 53 países, incluindo a Rússia e ex-Repúblicas Soviéticas.

Entre 2018 e 2021 houve mais infeções na região do que pessoas diagnosticadas, especialmente na Europa do Leste na Ásia Central, enquanto no Espaço Económico Europeu (EEE) a tendência é inversa.

“Mesmo assim, uma em cada oito pessoas que vivem com VIH no EEE e na União Europeia (UE) continua sem diagnóstico”, alertou a OMS num relatório elaborado em conjunto com o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) por ocasião do Dia Mundial de Combate à Sida, assinalado a 01 de dezembro.

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Quase 300 casos de VIH foram diagnosticados diariamente no ano passado em 46 dos 53 países da região, incluindo 45 diários na UE/EEE, totalizando 106.508 casos em toda a região.

A OMS destacou, no entanto, que em 2020 houve uma queda acentuada nos casos detetados, coincidindo com o primeiro ano da pandemia da covid-19, e que o número de novos casos diagnosticados em 2021 ainda é 25 por cento menor do que os níveis anteriores à pandemia.

O relatório enfatizou a necessidade “crucial” de aumentar os testes de VIH para compensar o impacto negativo da pandemia nos testes.

Na Europa Ocidental, o número de casos por transmissão heterossexual e por sexo entre homens diminuiu substancialmente, bem como por partilha de seringas, que, no entanto, mantém-se em níveis elevados no leste do continente.

“Todos devemos estar muito preocupados com os dados sobre testes, tratamento e cuidados do VIH na Europa e na Ásia Central. O estigma generalizado e contínuo em torno do VIH impede as pessoas de fazerem o teste e afasta-nos da meta global de acabar com a Sida até 2030”, declarou diretor da OMS-Europa, Hans Kluge, num comunicado.

A diretora do ECDC, Andrea Ammon, alertou no mesmo relatório que a demora nos diagnósticos aumenta as probabilidades de desenvolvimento de doenças graves ou morte, além do risco de maior disseminação do vírus.

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