ONU comovida com vídeo sobre ataque químico na Síria

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O ataque principiou com o ruído de helicópteros a sobrevoarem a vila de Sarmin, seguido de um baque após o qual dezenas de pessoas começaram a dirigir-se ao hospital local com dificuldades respiratórias

“O longo braço da Justiça está a demorar muito mais do que qualquer um de nós desejaria neste momento, mas este documento será com certeza usado num tribunal”, disse Samantha Power, embaixadora da ONU, citada pela BBC, depois de visualizar um vídeo do ataque com gás de cloro desencadeado na região de Idlib, a noroeste da Síria, no passado mês de março, que provocou seis mortos e 206 feridos.

O vídeo foi visto num encontro de membros do Conselho de Segurança da ONU e mostra o esforço desesperado dos médicos para reanimarem três crianças, com um, dois e três anos, e os seus pais e avó. Samantha Power descreveu este encontro como “muito emocional” e disse que “se houve algum olho sem lágrimas na sala” ela “não o viu”.

Membros da ONU “choravam”

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Segundo um relato de médicos sírios ao Conselho de Segurança, o ataque principiou com o ruído de helicópteros a sobrevoarem a vila de Sarmin, seguido de um baque após o qual dezenas de pessoas começaram a dirigir-se ao hospital local com dificuldades respiratórias. À BBC, Zaher Sahloul, presidente da Sociedade Médica Sírio-americana, confirmou que os delegados da ONU ficaram “abalados” com o que viram.

“Alguns deles choravam. Estavam claramente afetados pelo que tinham visto e ouvido. Muitos deles classificaram o episódio de ultrajante e disseram que os culpados devem ser levados à Justiça”, declarou Sahloul.

O governo sírio, porém, nega qualquer responsabilidade pelo ataque, que aconteceu apenas uns dias depois de o Conselho de Segurança da ONU ter aprovado uma resolução que condena o uso de químicos tóxicos como o gás de cloro na Síria, ameaçando militarmente quem ousar contrariá-la.

Os Estados Unidos, bem como outros membros da ONU, têm culpado o governo de Bashar-al-Assad pelos ataques com armas químicas na Síria, argumentando que os militares a seu comando são a única parte do conflito na posse de helicópteros.

RE

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