O primeiro-ministro Passos Coelho pediu uma audiência ao Presidente da República, para “rápida clarificação de relevantes aspetos postos em causa, anunciou o porta voz do Governo no final do conselho de ministros extraordinário.
O pedido de Pedro Passos Coelho para ser recebido ainda hoje por Cavaco Silva em Belém, volta a lançar a questão sobre o que pode fazer o Presidente da República.
Cavaco Silva tem dito repetidas vezes que qualquer cenário de um governo de iniciativa presidencial está totalmente afastado. Dizendo, nomeadamente, que desde a revisão Constitucional de 1982 que o governo depende da Assembleia da República e não do Presidente da República. Não podendo portanto ser o chefe de Estado a encontrar qualquer solução de governo, o que cabe aos partidos no Parlamento.
Diferente pode ser, por exemplo, a convocação de um Conselho de Estado, órgão consultivo da Presidência, para debater as saídas da crise. A edição do Expresso deste sábado afirmava que Passos queria falar rapidamente com Cavaco depois do chumbo do OE pelo Tribunal Constitucional.
Um outro ponto em que o papel de Cavaco Silva se pode fazer sentir é na tentativa de aproximar os líderes dos diferentes partidos e de tentar acordos entre eles. Este é um papel menos formal do PR, mas igualmente importante, dado ser considerado um moderador e um árbitro da atividade política e partidária em Portugal.
JA/Rede Expresso