PCP exige ao Governo que reforce prestações sociais para mitigar desemprego na região

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O PCP exigiu hoje ao Governo que crie “medidas de urgência” para fazer face ao desemprego na região, nomeadamente que apoie quem perdeu salários e emprego com o reforço das prestações sociais.

O PCP recorda que está por executar o alargamento da medida aprovada no Orçamento do Estado por proposta do PCP de extensão por 6 meses do subsídio de desemprego a todos os trabalhadores que percam o acesso a esta prestação em 2019 e 2020.

Os comunistas evocam os dados mensais recentemente divulgados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) que mostram que no final de Fevereiro estavam registados nos Centros de Emprego do Algarve, 33.459 desempregados, mais 14.271 (+74,4%), do que em final de Fevereiro de 2020.

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Destes, destacam-se os concelhos de Albufeira, com 19,6% do total de inscritos, de Portimão com 16,1% e Loulé com 15,8%, representando no conjunto mais de metade dos trabalhadores desempregados na região.

“Sendo verdade que o universo do desemprego no nosso país e na região do Algarve é bem superior ao número dos inscritos nos Centros de Emprego, os dados que foram revelados confirmam as preocupações do PCP”, afirma o PCP/Algarve, em comunicado.

Para fazer face a esse crescimento, o partido exige o reforço e alargamento das prestações sociais para quem está sem qualquer tipo de rendimento, o apoio sem discriminações às MPME que foram profundamente atingidas no seu negócio ao longo do último ano, salvaguardando os postos de trabalho e o reforço da contratação pública, “onde fazem falta milhares de trabalhadores designadamente nas escolas, no Serviço Nacional de Saúde, na proteção e ordenamento florestal, nos equipamentos e atividades culturais, nas forças e serviços de segurança, nos equipamentos sociais, entre outros”.

Essas medidas de urgência “não dispensam, antes se articulam, com uma alteração profunda do modelo de desenvolvimento económico, envolvendo a diversificação da atividade e o reforço da capacidade produtiva regional, o reforço do investimento público recuperando atrasos nas infraestruturas e meios de transporte, nos equipamentos de saúde, na rede de creches e lares, na habitação”.

“Mais do que propaganda, o País e o Algarve precisam de soluções. Precisam de uma política alternativa que não só rejeite a submissão do Governo PS às imposições da UE mas também a política de terra queimada de PSD e CDS, e dos seus sucedâneos reaccionários – Chega e IL – que alguns querem reabilitar. Uma política patriótica e de esquerda que valorize os salários e os direitos dos trabalhadores, defenda os serviços públicos, promova a produção regional, aposte na recuperação pelo Estado de empresas estratégicas que foram privatizadas, aponte ao desenvolvimento em equilíbrio com a natureza”, sustenta a Direção Regional do Partido Comunista Português.

E reitera que os dados agora divulgados pelo IEFP permitem concluir que o Algarve “é sem dúvida a região mais atingida pelo desemprego, o que não pode ser desligado da sua forte dependência da atividade turística e outras atividades a ela associada”.

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