PCP: Paulo Raimundo diz que algarvios se sentem “justamente injustiçados”

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O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, ao lado da cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Faro, Catarina Marques, liderou na terça-feira, dia 23 de janeiro, diversas ações de campanha eleitoral na região, nomeadamente em Faro, Silves e Vila Real de Santo António, onde prestou declarações ao JA. 

Paulo Raimundo disse que a CDU quer recuperar na região o eleito perdido em 2019, e enfatizou que o problema dos salários “muito baixos” é geral no país, mas tem no Algarve “uma dimensão muito particular”, face à precariedade dos contratos a prazo no setor turístico.

“As pessoas no Algarve sentem-se justamente injustiçadas e esquecidas (…). O que salta à vista é uma contradição entre a precariedade e o trabalho mal pago e o custo de vida altíssimo, nomeadamente nas questões da habitação” disse ao exclusivo ao JA durante uma arruada em Vila Real de Santo António. 

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“O que nós dizemos é que é preciso confiança porque há soluções para a vida das pessoas e uma parte das soluções passam pelo reforço das suas próprias aspirações e dos seus próprios direitos”, prosseguiu o líder do PCP. 

“No dia 10 de março as pessoas têm essa possibilidade a partir do voto na CDU, que é a força que está sempre ao lado das pessoas, que não esquece a região, os seus problemas, que batalha pelo aumento dos salários, das pensões, pelo acesso ao Serviço Nacional de Saúde, que é um problema dramático em todo o país e de forma muito expressiva aqui no Algarve”, atenta. 

Em Faro, o secretário-geral do PCP disse ainda que o voto de protesto deve ser encaminhado nas eleições legislativas de março para a CDU, que considerou ser a única solução para quem quer dar um “safanão nisto tudo”.

“As pessoas já têm uma experiência adquirida. Quando o PCP e o CDU avançam do ponto de vista social, mas também eleitoral – com mais votos e mais deputados -, a vida de cada um anda para a frente. E se há coisa que os algarvios sabem por experiência própria foi que a vida de cada um mudou exatamente com o reforço eleitoral da CDU, nomeadamente em 2015 quando passámos a eleger, passados muitos anos, aqui no Algarve”, recordou ao JA. 

“(…) Quando dizemos que é preciso um safanão é para enfrentar a injustiça que vivemos. Temos mais de três milhões de trabalhadores a ganharem até mil euros de salário bruto por mês e temos ao mesmo tempo os grupos económicos com 25 milhões de euros de lucro por dia, isto não pode continuar”, alertou. 

“Queremos apertar as injustiças, os grupos económicos, pôr a riqueza criada por todos nós nos bolsos de quem cria essa riqueza, alguns uma vida inteira”, terminou. 

Joana P. Rodrigues com Lusa

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