Um despacho dos ministérios da Saúde e da Educação e Ciência vai criar uma plataforma pública de entomologistas para prevenir a chegada do mosquito da dengue a Portugal continental
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Vinte peritos nos estudo de insetos vão fazer um plano de contingência para Portugal continental de modo a se poder atuar, sem perda de tempo, mal os mosquitos que provocam a dengue e a febre amarela cheguem a esta parte do país, disse ao Expresso o director-geral da Saúde, Francisco George.
A plataforma pública de entomologistas, a ser criada por despacho conjunto do Ministério da Saúde e do da Educação e Ciência, que será publicado na próxima semana, integrará elementos da Direção-Geral da Saúde, Instituto Ricardo Jorge, Instituto Higiene e Medicina Tropical e do meio académico.
A missão desta plataforma é propor um sistema que emita sinais de alerta para detetar a introdução no continente de espécies de mosquitos invasores, como é, por exemplo, o caso do Aedes aegypti (responsável pela transmissão da dengue na Madeira) e do Aedes albopictus que são dois vectores da dengue e da febre amarela.
Os 20 peritos vão agora estar sempre atentos a todos os sinais de alerta para ver se os insetos chegam a esta parte do pais, o que admitem tratar-se apenas de uma “questão de tempo” para acontecer.
O plano que irão desenhar servirá para evitar um surto de dengue ou de febre amarela. No continente, até agora, apenas se registam casos importados, ou seja de pessoas que apanharam a dengue na Madeira, Brasil, na Índia ou em outro país afetado.
Vera Lúcia Arreigoso (Rede Expresso)