RTP mantém exigência de uma auditoria independente se não obtiver respostas esclarecedoras sobre os erros identificados no novo sistema de audimetria.
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O presidente da RTP, Guilherme Costa, reiterou hoje as críticas do operador público ao novo sistema de medição de audiências da GfK, que tem retirado uma média diária de mais de 5 pontos percentuais à quota de mercado da RTP1, face aos valores antes medidos pelo sistema de audimetria da Marktest.
“A GfK, hoje, não está em condições de media audiências”, defendeu o presidente da RTP durante a conferência de imprensa que serviu para a apresentação de resultados da RTP. “Temos a convicção de que um conjunto de situações detetadas ao longo deste processo – e inclusive por um estudo independente que encomendámos a uma empresa de auditoria -, não permitem validar a fiabilidade do sistema da GfK. Este é um problema para a indústria, para além de ser um problema para a RTP”, defendeu.
Perante este cenário, a RTP mantém a intenção de exigir uma auditoria independente ao novo sistema da GfK, caso não obtenha respostas esclarecedores sobre os problemas técnicos que têm sido identificados na tecnologia áudio-matching e na representatividade do painel de 1100 lares instalado pela GfK.
Em reação às declarações desta manhã da direção da CAEM – segundo a qual o erro técnico que identificou zero telespetadores durante meia hora de emissão da RTP1 na terça-feira à tarde, é um erro comum e que já se verificara 53 vezes entre janeiro e fevereiro no sistema anterior da Marktest -, Guilherme Costa admitiu que “não conhecia essas 53 falhas”. Mas, defende, “não é isso que está em causa”. “O que está em causa é se o método que foi contratualizado é bom ou não é bom”, concluiu.
Adriano Nobre (Rede Expresso)