Presidente Hollande: “Austeridade não é fatalidade”

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O novo Chefe de Estado francês promete dizer à Alemanha que a Europa só se constrói com emprego e crescimento económico. Ao celebrar a vitória, evocou os valores da Revolução Francesa.

O novo Presidente francês promete não desiludir quem viu na sua eleição o começo de um novo ciclo na Europa. “A austeridade não pode ser uma fatalidade. A minha missão é a partir de agora dar à construção europeia uma dimensão de crescimento, de emprego, de prosperidade”, disse François Hollande no discurso da vitória. E garantiu: “É isso que vou dizer aos nossos parceiros europeus, a começar pela Alemanha. Não somos um país qualquer. Somos a França!”

O socialista prometeu orientar o seu mandato segundo duas linhas-mestras. “Cada uma das minhas escolhas, cada uma das minhas decisões, será baseada em dois critérios: ‘É justo?’ e ‘É bom para os jovens?'”, afirmou aos seus apoiantes em Tulle, capital da região de Corrèze, a que preside. “No fim do mandato, perguntar-me-ei: “Fiz avançar a causa da igualdade? Permiti que a nova geração tomasse o seu lugar na República?”.

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“Os franceses escolheram a mudança”, começara por dizer. Por isso, o novo Chefe de Estado quer “servir o país com a devoção e a exemplaridade exigidas pela função”. Endereçando uma “saudação republicana” ao homem que derrotou, Nicolas Sarkozy, Hollande afirmou que “esta noite não há Franças em confronto. Há uma só França, uma só nação reunificada no mesmo destino”.

Liberdade, igualdade, fraternidade e… dignidade

Declarando-se “orgulhoso de ter sido capaz de devolver a esperança” aos franceses, Hollande quis dirigir uma palavra aos que vivem pior, e a quem a crise mais afetou. “Imagino a sua emoção, partilho-a”, assegurou. Sob a sua presidência, diz, “todos serão tratados com igualdade de direitos e de deveres” e “nenhum filho da República será abandonado”.

O vencedor das eleições evocou os valores da Revolução Francesa – liberdade, igualdade, fraternidade – e somou-lhes a dignidade. “O primeiro dever do Presidente é chamar todos os cidadãos à ação”, disse. Tomará posse no próximo dia 17 de maio.

Hollande reconhece que há “numerosos desafios” a vencer. Crescimento económico, redução da dívida, acesso equitativo aos serviços públicos, igualdade entre homens e mulheres, defesa da laicidade, educação, emprego foram alguns dos que enumerou. “Confio na França, conheço-a bem!”, concluiu, antes de prestar homenagem à Corrèze, sua terra. Depois, chamou ao palco a sua companheira, Valérie Trierweiler. De imediato um acordeão – tipico da região – começou a tocar La vie en rose.

Pedro Cordeiro com agências (Rede Expresso)
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