O primeiro-ministro da Líbia, Ali Zeidan, foi sequestrado esta madrugada por um grupo armado em Tripoli e levado para um local desconhecido.
“O chefe do Governo foi levado por homens armados para um lugar desconhecido, por razões também desconhecidas”, informa o Governo do país num comunicado.
De acordo com a CNN, o governante encontrava-se no Corinthia Hotel na capital, um hotel de cinco estrelas, onde residem outros membros do Governo, como o ministro da Justiça, quando foi raptado.
Os homens armados “não causaram problemas” e levaram o primeiro-ministro para um carro, que foi seguido por um “comboio” de mais veículos, segundo fontes do hotel.
A Célula de Operações de Revolucionárias Líbias já assumiu a responsabilidade pelo episódio, garantindo ter-se tratado de uma detenção, sob instruções do Ministério Público, devido à gestão corrupta do país. O Ministério da Justiça garante, contudo, que não foi dada qualquer ordem nesse sentido e que se trata de um sequestro.
A detenção deverá estar relacionada com a intervenção do Governo líbio na captura pelos EUA de Anas al-Libi, líder da Al-Qaeda que levou a cabo os atentados no Quénia e na Tanzânia, em 1998. O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, revelou que o Governo líbio estava a par de toda operação.
O Ministério do Interior líbio garante que Ali Zeidan está de “boa saúde” e “será tratado bem como qualquer cidadão do país.”
Entretanto, o governo anunciou a convocação de um Conselho de Ministros urgente, sublinhando que o parlamento irá resolver a situação.
A Líbia vive sob um clima de grande instabilidade, desde a queda do regime de Muammar Kadhafi, a 20 de outubro de 2011.
Liliana Coelho (Rede Expresso)