A região tem cerca de 15% do total de sem-abrigos sinalizados a nível nacional. Segundo os últimos números, existiam 593 pessoas a viver nesta situação no Algarve, mas é provável que a situação se tenha agravado pela pandemia de covid-19, que, além do número, alterou também o perfil habitual dos sem-abrigo. Com o projeto Legos, que iniciou funções agora já em maio, vários concelhos e associações da região pretendem dar respostas de continuidade aos sem-abrigo e reintegrá-los na sociedade
A Estratégia Nacional para a Integração das Pessoas em Situação de Sem-abrigo (ENIPSSA) 2017-2023 realizou, entre fevereiro e maio de 2018, um inquérito sobre as “Pessoas em situação de sem-abrigo – conceitos utilizados e sistemas locais de informação”. O resultado desse inquérito informa que o Algarve tem um total de 15% do diagnóstico nacional.
Para diminuir esta percentagem, entra em funcionamento neste mês de maio o projeto Legos, que surgiu após a abertura do concurso para apresentação de candidaturas ao CRESC Algarve 2020, o Programa Operacional Regional do Algarve, para projetos inovadores de inclusão social, para respostas a pessoas em situação de sem-abrigo.
Os concelhos de Vila Real de Santo António, Tavira, Faro, Loulé, Albufeira, Portimão e Lagos juntaram-se às associações Movimento de Apoio à Problemática da Sida (MAPS), Grupo de Ajuda a Toxicodependentes (GATO), Centro de Apoio ao Sem-Abrigo (CASA), GRATO e APF nesta candidatura, que vai apoiar 593 pessoas sinalizadas naqueles territórios.
Para Fábio Simão, de 39 anos, presidente do MAPS e coordenador do projeto, o Legos pretende “dar respostas de continuidade, pois é necessário trabalhar antes de integrar” os sem-abrigo, afirma ao JA.
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Gonçalo Dourado
(leia a notícia completa no Jornal do Algarve de 6 de maio de 2021)
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