O vereador do PSD de Portimão, Rui André, defendeu esta semana o alargamento da atribuição de apoio escolar a todos os alunos do concelho, anunciou o partido.
Esta ideia surge após o voto contra da proposta apresentada pelo Partido Socialista numa reunião ordinária da Câmara Municipal de Portimão que decorreu na quarta-feira, dia 17 de agosto, que previa o apoio aos alunos do primeiro ciclo beneficiários do escalão A e B através da aquisição de cadernos de atividades.
“Todos sabemos das grandes injustiças muitas vezes associadas à atribuição destes escalões e que neste momento muitas das famílias que não beneficiam destes apoios estão a passar dificuldades, agravadas com o início de mais um ano letivo e com todas as despesas necessárias”, refere o partido.
O PSD de Portimão revela ainda que surgiu uma proposta de vários protocolos para que fossem criados Centros de Apoio à Família, onde as crianças poderiam ficar no caso dos encarregados de educação necessitarem de os deixar mais cedo na escola ou buscar mais tarde.
No entanto, esta proposta não teria “qualquer ajuda financeira” por parte da autarquia e terá um custo entre os 30 e os 50 euros mensais.
“Fundamental será o município assumir a realidade local enquanto concelho turístico onde muitos pais trabalham na hotelaria e restauração e criar uma resposta eficaz e com um apoio financeiro por parte do município, programa este que permita a conciliação entre a vida familiar e este tipo de trabalhos”, acrescenta.
A proposta foi aprovada por unanimidade, mas em setembro será novamente avaliada “de forma a dar seguimento à sugestão do vereador do PSD”.
Rui André considera que “um município que atribui regularmente tantos apoios, alguns deles de avultadas verbas para apoios a festas e outro tipo de eventos um pouco por todo o concelho, também pode suportar estas despesas ou, pelo menos uma grande parte delas das mesmas”.
O PSD refere que o município “continua a esbanjar dinheiro de forma descontrolada como fazia no passado que nos trouxe a esta triste realidade – uma dívida de vários milhões de euros mas que teima em não pagar a sua dívida e/ou negocia-la com o FAM”.
Rui André defende então um alargamento da atribuição dos apoios em material escolar a todos os alunos do ensino básico e secundário das escolas da rede pública do concelho, no próximo ano letivo, independentemente do seu posicionamento em termos de escalão de ação social escolar.
