“Quem causou esta trapalhice, chama-se António José Seguro”

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Marcelo Rebelo de Sousa tinha prometido e cumpriu. Na noite domingo, respondeu ao líder do PS que ficara indignado com as criticas feitas, há oito dias, pelo comentador à revisão dos estatutos socialistas.

“Um candidato a primeiro-ministro só pode entrar em debate com uma pessoa, o primeiro-ministro”, disse este domingo o comentador Marcelo Rebelo de Sousa, classificando de erro político o facto de António José Seguro ter-lhe respondido às criticas que fez há oito dias à revisão dos estatutos socialistas, no jornal da noite da TVI.

Mostrando-se “muito lisonjeado” por o candidato a primeiro-ministro, por ser o atual líder do Partido Socialista, ter decidido, “ele próprio dar a cara e entrar em polémica consigo”, de o ter “escolhido, portanto, como interlocutor”, Marcelo Rebelo de Sousa quis apenas salientar: “considero isso um erro político”.

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Para Marcelo, António José Seguro se se quer vitimizar. “Quer encontrar um responsável ou um culpado, e só encontra um, que foi o que causou esta trapalhice, chama-se António José Seguro”

Marcelo provocou esta polémica no passado domingo ao criticar a forma como Seguro liderou o processo da revisão de estatutos. E, no domingo de Páscoa, voltou a atacar: “Qual o é o ponto crucial? Eu ter dito que era um golpe estatutário, que era uma ilegalidade, que era um violação de estatutos, que era uma falta de transparência? Ele aí não respondeu”

“É um problema de transferência. É como fazer uma sociedade anónima. Como é que é possível alterar estatutos sem que esteja agendado, na assembleia geral da sociedade anónima, o ponto da reunião da revisão de estatutos?”, insistiu para ser ainda mais contudente: “Que é uma violação de transparência é, é uma ilegalidade flagrante é, que é uma coisa anti estatutária”.

O líder do PS “quer uma vitimização”

E, voltando ao seu papel de comentador, como se não tivesse sido consigo a questão que motivou respostas de vários socialistas indignados, nem tivesse sido ele próprio a provocar a polémica e a prolongá-la por mais oito dias, observou: “A minha leitura formal é que quer uma vitimização. Ele estava a pegar num pretexto, a empolá-lo, e, num momento em que está cercado no partido – sobretudo no grupo parlamentar, mais do que no partido – pelos socráticos, ele arranja maneira de aparecer”.

“Não comenta as criticas sobre a revisão dos estatutos do próprio partido, comenta de alguém que é de fora para fazer a unidade interna, vitimizando-se em relação ao agressor externo: vejam bem o que me fazem, eu estou mortalmente ofendido…”

“Em matéria de estatutos não basta parecer que respeita os estatutos, é preciso respeitá-los. E não respeitou”, repetiu.

E interrogou-se se o líder do PS ficaria outra vez “melindrado e ofendidíssimo”. Para responder: “vai dizer que este é o segundo ato, como é que ele diz, ato vil e miserável”.

“Ele tem de perceber que eu sou apenas o mensageiro e, por ventura, essa expressão que não subscrevo de vil e miserável é o conteúdo da situação, não sou eu”, concluiu.

Por ora, ainda não se sabe se António José Seguro irá de novo reagir e – na opinião de Marcelo Rebelo de Sousa, o conhecido comentador social-democrata que adora polemizar – cometer mais um “erro político”.

Anabela Natário (Rede Expresso)
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1 COMENTÁRIO

  1. António José Seguro fundamentalmente está irritado por não ter um canal de TV para regularmente formar opiniões. Constamos que o PPD/PSD tem o Marcelo Rebelo de Sousa e ainda o Marques Mendes. De facto está em desvantagem, mas são sinais dos tempos, de quem está na mó de baixo. Vai ter que esperar pela alternância como é habitual em Portugal.
    Quem é dono de um canal de TV, tem meio caminho andado para o poder.

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