Risco de incumprimento sobe na zona euro

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A probabilidade de incumprimento agravou-se na “periferia” e em alguns países do “centro” do espaço da moeda única. Portugal foi um dos oito afetados pela onda. Espanha regressou ao “clube” dos candidatos à bancarrota.

Os leilões de dívida em Espanha e França não acalmaram os mercados financeiros ligados à dívida soberana da zona euro. Apesar dos montantes emitidos, as dúvidas dos investidores nas dívidas soberanas permanecem. Os últimos relatórios do Fundo Monetário Internacional – World Economic Outlook e Fiscal Monitor – não tranquilizaram os investidores nem os analistas sobre a performance da zona euro e em particular sobre diversos países membros que têm estado em foco nas última semanas.

Oito países da moeda única fecharam o dia com níveis de risco de incumprimento mais elevados – Grécia, Chipre, Portugal, Irlanda, Espanha, Itália, Bélgica e Áustria. Hoje só escapou a França que esteve em foco ontem, ao ter ultrapassado os 200 pontos base no preço dos credit default swaps (seguros contra o risco, cds no acrónimo), um pico de que baixou, depois de desmentidos vários rumores ligados às consequências das eleições presidenciais, cuja primeira volta se realiza no próximo sábado.

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Portugal, apesar de uma descida nos juros das obrigações do Tesouro no mercado secundário, a que nos referimos noutro artigo como exceção do dia, viu o risco de incumprimento subir – fechou em 61,64%, ligeiramente acima do valor de ontem. Por outro lado, Espanha regressou ao “clube” dos 10 candidatos à bancarrota, à décima posição, com um risco de 35,61% e novamente com o preço dos cds acima de 500 pontos base, um limiar considerado crítico. O risco da dívida italiana também se agravou, com o preço dos cds a fechar acima de 460 pontos base e o risco a chegar a 33,28%.

Jorge Nascimento Rodrigues (Rede Expresso)
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