O social-democrata Rogério Bacalhau, presidente da Câmara de Faro, disse na sexta-feira, na apresentação da coligação de cinco partidos que lidera, que o seu objetivo é ser reeleito para um terceiro mandato de “muita execução”.
“Iniciámos há oito anos um projeto. Temos muita coisa que está a andar, muitas coisas que temos vindo a preparar e o facto de estarmos aqui há oito anos permitiu-nos conhecer o concelho, delinear uma estratégia e ver para onde devíamos ir. Portanto, os próximos quatro anos vão ser de muita execução”, afirmou o candidato, de 59 anos, à margem da assinatura formal de constituição da coligação “Unidos por Faro” (PSD/CDS-PP/IL/MPT/PPM), realizada no Museu Municipal de Faro.
A requalificação de toda a frente ribeirinha e da baixa de Faro, o novo porto de recreio e a habitação social são algumas das obras mais emblemáticas do projeto a 12 anos que Rogério Bacalhau, professor de Matemática de 59 anos, quer concluir.
“Muitos destes projetos que temos delineados nem sequer vão ser concretizados na totalidade nos próximos quatro anos. Mas vão ficar certamente sementes para o futuro. É a experiência toda que ganhei em oito anos e ter um conjunto de projetos que ainda não foram realizados que me motivam a continuar mais quatro anos”, explicou o autarca sobre a recandidatura a um terceiro mandato.
O candidato da coligação PSD/CDS-PP/IL/MPT/PPM aponta, porém, a cultura como “o projeto de futuro, que vai trazer mais-valias para o concelho ganhar mais turismo” e cuja base assenta na candidatura de Faro a Capital Europeia da Cultura em 2027, ‘corrida’ em que terá uma dezena de rivais.
Segundo Rogério Bacalhau, “mesmo que” Faro não venha a vencer, o programa e ações já previstas no âmbito da candidatura, com um plano estratégico até 2030, “manter-se-ão inalterados”, garantindo “um salto qualitativo” na forma de estar e qualidade de vida dos cidadãos farenses.
A coligação contava até agora com quatro partidos (PSD, CDS-PP, MPT e PPM) e vai ganhar “um novo reforço”, a Iniciativa Liberal, na única candidatura a que este partido, até agora, deu apoio no Algarve.
Questionado sobre se queria manter a maioria absoluta no executivo, Rogério Bacalhau salientou que o objetivo passa por mostrar às pessoas aquilo que já foi feito e o que está disposto a fazer.
“Nas últimas eleições, tive a confiança dos farenses para continuar a gerir os destinos do município. O que espero é vir a renovar essa confiança dos farenses para continuar este trabalho. Não estou aqui contra ninguém, estou aqui para defender um projeto”, frisou.
O professor sucedeu na presidência da Câmara de Faro a Macário Correia, depois de ter sido seu vice-presidente e de o ter substituído durante alguns meses quando este foi condenado a perda de mandato por irregularidades no licenciamento de obras privadas em Tavira, em 2013.
Depois de Macário Correia ter anunciado que não se recandidatava – vindo mesmo a afastar-se, até hoje, da vida política -, nesse mesmo ano, Rogério Bacalhau candidatou-se à Câmara de Faro e venceu, feito que repetiu em 2017.
São já conhecidos seis candidatos à presidência da Câmara Municipal de Faro: Rogério Bacalhau (PSD/CDS-PP/IL/MPT/PPM), João Marques (PS), Catarina Marques (CDU), Aníbal Coutinho (BE) e Elza Cunha (PAN).
