Secreta norte-americana espia servidores da Google, Skype e Facebook

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Desde ‘e-mails’ a conversas nos ‘chats’ ou a arquivos partilhados são investigados pelos serviços secretos norte-americanos, segundo notícias do “Guardian” e do “Washington Post”.

A Agência de Segurança Nacional (ASN) norte-americana tem obtido acesso direto aos servidores da Microsoft, Google, Yahoo, Facebook, Apple, Skype, PalTal, YouTube e AOL, segundo documentos a que o jornal britânico “The Guardian” e o norte-americano “The Washington Post” tiveram acesso.

As grandes empresas norte-americanas envolvidas negaram ter conhecimento de que os seus servidores foram acedidos pelos serviços secretos. Já o diretor da ASN, James Clapper, não desmente esse dado, afirmando antes que as notícias “contêm numerosas imprecisões”.

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PRISM, o programa que permite este tipo de vigilância, foi criado em 2007, ainda durante a Presidência de Bush, mas terá prosseguido e aumentado durante a de Obama, segundo as notícias dos dois diários.

Após um outro artigo em que o “Guardian” divulgou o documento que autorizava o ASN (já durante a administração Obama) a obter acesso indiscriminado aos dados das comunicações dos milhões de clientes de uma das maiores operadoras telefónicas norte-americanas, o jornal britânico refere agora ter comprovado a autenticidade de um outro documento do programa PRISM.

Classificado como “ultra-secreto”, sem distribuição a aliados de outros países, o documento consiste numa apresentação de PowerPoint de 41 páginas de formação para os agentes lidarem com o programa que permite “aceder directamente aos servidores” dos principais fornecedores de serviços norte-americanos.

Programa renovado em 2012

O programa começou com a Microsoft em 2007, prosseguindo com a Yahoo em 2008, com o Google, Facebook e PalTlak em 2009, YouTube em 2010, Skype e AOL em 2011 e a Apple já no final de 2012.

Renovado na Presidência de Obama, em dezembro de 2012, o PRISM facilita a ampla vigilância tanto de comunicações em tempo real como dos registos guardados, permitindo rastrear qualquer pessoa que viva fora dos Estados Unidos, ou americanos cujas comunicações envolvam pessoas de fora do país, segundo o “The Guardian”.

Além de e-mail, conversas nos chats e arquivos partilhados, podem também ser investigados registos de áudio, vídeo e fotografia.

O diretor da ASN diz que o programa se destina apenas a não americanos que se encontrem fora dos Estados Unidos, realçando a importância dos dados que permite recolher: “A informação recolhida ao abrigo deste programa encontrasse entre a informação do exterior mais importante e valiosa que recolhemos, e é usada para proteger a nossa nação de um vasto leque de ameaças”.

Alexandre Costa (Rede Expresso)
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