A presidente da Câmara Municipal de Silves, Isabel Soares, decretou luto municipal por Maria Keil, artista natural de Silves, que faleceu no domingo, dia 10 de junho, aos 97 anos.
“Esta é uma forma singela de homenagear esta grande mulher e notável artista da nossa cidade, que marcou o panorama das artes portuguesas nos séculos XX/XXI”, afirmou a autarca. “Ela sempre se assumiu como silvense, facto que muito nos orgulhou e tocou, pelo que também será sempre recordada como uma das mais ilustres filhas desta terra, que nos encheu de orgulho com a sua obra, com a sua capacidade criativa, com a sua imaginação e assim será homenageada neste momento da sua morte”, disse a presidente da autarquia silvense.
Deste modo, as bandeiras estão a meia haste, em memória de Maria Keil, nascida nesta cidade no dia 9 de agosto de 1914. A artista frequentou o curso de Pintura da Escola de Belas Artes de Lisboa e deixou uma obra vasta e multifacetada: pintura, sobretudo retratos; publicidade; tentativas de renovação da talha em madeira para móveis e desenho de móveis; decoração de interiores; cartões para tapeçarias; pinturas murais a fresco; cenários e figurinos para bailados; selos; azulejos (Metropolitano de Lisboa, Av. Infante Santo, TAP de Paris e Nova Iorque, União Eléctrica Portuguesa, Casino de Vilamoura, Aeroporto de Luanda, etc.); e ilustração. A renovação da estação do Metropolitano de S. Sebastião da Pedreira, em Lisboa, foi um dos últimos trabalhos que executou.
A sua memória permanecerá igualmente viva na biblioteca municipal de Silves, onde desde 2009 está exposto um autorretrato seu (pintado em 1941), bem como um fac-simile da carta que escreveu e que descreve as razões pelas quais ofereceu esta obra ao município.
