Silves: Uma centena de moradores já faz compostagem doméstica

ouvir notícia

A Câmara de Silves está a implementar um projeto de compostagem comunitária e estima que uma centena de moradores já esteja a reciclar resíduos orgânicos domésticos que acabariam desaproveitados, num aterro, se fossem para o lixo comum.

Joaquim Palma é residente na freguesia serrana de São Bartolomeu de Messines e é junto à estação de autocarros, local onde foi instalada a ilha de compostagem, que revela à Lusa a razão que o fez aderir à iniciativa da Câmara de Silves.

“Eu não estava consciente da quantidade de ‘verdes’ – frutas e legumes – que pomos no lixo orgânico, são 75 a 80%. Costumava encher três sacos por dia no total do lixo, agora ficam dois ou três quilos no [lixo] orgânico puro”, afirma.

- Publicidade -

A iniciativa “Silves a compostar da serra ao mar”, lançada em outubro de 2020, tem distribuído compostores pelos cidadãos, tanto para a compostagem doméstica – com a unidade a ser colocada na casa do munícipe – como, em zonas mais urbanas, com contentores de recolha comunitária.

A compostagem é um processo biológico através do qual os microrganismos transformam a matéria orgânica numa substância semelhante ao solo – o composto -, permitindo que os resíduos não tenham como destino um aterro e possam ser “valorizados”, explica à Lusa José Pinto, técnico da Câmara de Silves.

Segundo José Pinto, a autarquia não quis condicionar o acesso à iniciativa e optou por “abrir os equipamentos” à comunidade para que qualquer pessoa os pudesse usar, mesmo “não estando inscrita” no projeto de compostagem comunitária.

Apesar das “poucas inscrições” oficiais, o ritmo de enchimento dos contentores leva o técnico a estimar que haja “para cima de 100 pessoas” a aderir à campanha de compostagem, medida que classifica como “ambiental e economicamente muito vantajosa”.

Joaquim Palma, que se assume defensor da reciclagem, despeja todos os dias o seu balde de resíduos no compostor comunitário e realça que se deve procurar “reciclar aquilo que for possível e reaproveitar”, sendo que neste caso apenas requer alguma logística caseira.

“É só uma questão de ter dois recipientes em casa, separar o resto de frutas e legumes e organizar-se nesse sentido”, assegura, adiantando ser necessária “mais comunicação à população” para que adiram à iniciativa e cumpram as regras básicas da compostagem.

Uma consulta ao cartaz explicativo colocado junto à ilha de compostagem esclarece as dúvidas. Para além de dar a conhecer o projeto, permite saber o que são e quais os resíduos verdes – restos de vegetais, frutas, ervas ou café – e castanhos – papel, ramos, cascas de frutos secos –, que podem ser depositados.

Interditados estão restos de carne e peixe, laticínios, fezes, vidro, plástico e metal.

- Publicidade -
spot_imgspot_img

Deixe um comentário

+Notícias

Exclusivos

Deixe um comentário

Por favor digite o seu comentário!
Por favor, digite o seu nome

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.