Sindicato exige solução urgente para o atraso das obras nas Secundárias

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Em Vila Real de Santo António as aulas decorrem nestes contentores provisórios há mais de três anos

O Sindicato de Professores da Zona Sul (SPZS) exige ao Ministério da Educação e Ciência uma “solução urgente” para os problemas que afetam diversas escolas algarvias, nomeadamente as que foram alvo de requalificação por parte da Parque Escolar.

Neste sentido, o SPZS prepara-se para questionar o ministro Nuno Crato e vai enviar uma carta aos deputados eleitos pelo Algarve onde alertará para o problema e solicitará que seja diligenciada, junto do Governo, uma solução.

“Compreende-se que os protestos começem a subir de tom, pois são absolutamente inadmissíveis as condições em que se trabalha em algumas escolas, como acontece, entre outras, na Escola Secundária de Vila Real de Santo António”, considera o sindicato em comunicado enviado às redações.

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Recorde-se que os alunos da Secundária de Vila Real de Santo António têm aulas em contentores há mais de três anos, devidos aos atrasos nas obras de requalificação da escola levada a cabo pela Parque Escolar.

A Proteção Civil, após inspeção, detetou diversas “deficiências graves” naqueles equipamentos provisórios, que põem em risco a segurança de alunos, professores e funcionários, e a Câmara Municipal de Vila Real de Santo António já desaconselhou a sua utilização.

Pais e alunos têm-se manifestado junto à porta da escola. A última ação de protesto aconteceu na passada segunda-feira, depois de ter sido conhecido o relatório da Proteção Civil.

Para o SPZS, a demora na conclusão das obras de requalificação do parque escolar está a causar “graves prejuízos para a comunidade escolar”.

“Este é um problema real em várias escolas secundárias do distrito de Faro, como são exemplos a Escola Secundária João de Deus, em Faro, e a Escola Secundária de Loulé, não sendo garantidas condições de segurança a alunos, docentes e trabalhadores não docentes, sendo ainda afetadas muito negativamente as condições de ensino”, sublinha o sindicato.

Mas o SPZS vai mais longe e, além da questão das obras, alerta que as condições de trabalho nas escolas “têm vindo a degradar-se”.

“O aumento do número de alunos por turma”, a redução dos apoios, o fim dos desdobramentos nas turmas de ciências experimentais, a escassez de alguns materiais e deterioração de equipamentos, nomeadamente edifícios, são disso exemplos”, aponta aquele sindicato.

Domingos Viegas

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