Com a conquista da maioria absoluta na segunda volta das legislativas, o PS passa a controlar tudo em França, desde as freguesias ao topo do Estado.
Com a vitória deste domingo, os socialistas ficaram com o poder político absoluto no país. Já controlavam a maioria das câmaras, dos cantões e das regiões, bem como o Senado e o Eliseu. Agora têm também a maioria na Assembleia Nacional (AN).
Antes do escrutínio, o Presidente François Hollande tinha pedido “uma maioria sólida e coerente”. Os franceses deram-lha.
O estranho twit da primeira dama, Valérie Trierweiler, contra Ségolène Royal, ex-companheira e mãe dos quatro filhos do Presidente, apenas teve consequências num circulo de La Rochelle, onde a ex-candidata às presidenciais de 2007 e figura emblemática do PS foi claramente batida por um socialista dissidente.
Sobrinha de Le Pen será atração da AN
A extrema-direita (Frente Nacional – FN) elegeu dois deputados, mas a líder, Marine Le Pen perdeu por cerca de 100 votos – por 0,22 por cento – no seu círculo eleitoral.
No entanto uma sua sobrinha, Marion Maréchal-Le Pen (estudante de 22 anos), será, por ser a mais nova deputada do novo parlamento, uma das atrações do hemiciclo.
Marine Le Pen contestou os resultados no seu círculo, na região de Calais, e pediu a recontagem dos votos.
Com o regresso ao parlamento, a FN deseja consolidar a imagem de “partido republicano normal e frequentável”, como alguns dirigentes da UMP (direita), caso dos ex-ministros sarkozystas, Nadine Morano e Gérard Longuet, a consideram.
Com a liderança de Marine Le Pen, que adoçou o discurso da extrema-direita depois de suceder ao pai, Jean-Marie, que tinha uma imagem bem mais radical do que ela, a FN entrou numa nova fase.
Direita em crise
Depois da derrota nas legislativas, a UMP vai entrar num período de grandes turbulências. Com uma guerra de chefes já declarada e sob pressão da extrema-direita, o partido sarkozysta vai entrar numa fase de crise interna, idêntica à que conheceu o PS depois da derrota de Ségolène Royal, em 2007.
Sim isso votem nos socialistas, daqui a 4/5 anos vamos ver como é que a França está… Este François Hollande começou logo bem, a baixar a idade de reforma para 60 anos, quando o sistema de segurança social já está à fortemente pressionado.. Depois admirem-se!