Soldado ucraniano morto em ataque a base militar na Crimeia

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O conflito na Crimeia entrou numa fase militar, disse o primeiro-ministro interino da Ucrânia

Um soldado ucraniano morreu esta terça-feira e outro ficou ferido durante um ataque de homens armados a uma base ucraniana na Crimeia, anunciou o Ministério da Defesa da Ucrânia.

Segundo um porta-voz do Ministério da Defesa ucraniano na Crimeia, Vladislav Selezniov, o incidente ocorreu em Simferopol, capital da península. “Todos os militares da base foram detidos e foram-lhes confiscadas as identificações e o dinheiro. Retiraram-nos da base, puseram-nos em fila e desarmaram-nos”, disse ainda o porta-voz.

Por sua vez, o primeiro-ministro interino da Ucrânia, Arseni Iatseniuk, considera que o conflito na Crimeia entrou numa fase militar, depois de disparos de forças russas contra soldados ucranianos. “Hoje, as tropas russas começaram a disparar sobre os nossos soldados”. É um crime de guerra”, acusa o primeiro-ministro, citado pela agência France Presse.

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Iatseniuk pediu a convocação de uma reunião dos ministros da Defesa da Ucrânia, Rússia, Estados Unidos e Reino Unido, garantes da integridade territorial da Ucrânia enquanto signatários do tratado de 1994, “para evitar uma escalada”.

“Tudo tem um limite”, diz Putin

Mas os ânimos exaltados que chegam da Rússia não indiciam nenhum recuo. Numa sessão extraordinária do Parlamento, Vladimir Putin considerou a Crimeia “terra santa russa” e sublinhou que EUA, Ucrânia e os seus “sócios ocidentais” pisaram o risco. “Tudo tem um limite”, que Washington “ultrapassou”, acrescentou o Presidente russo.

No discurso inflamado que proferiu, antes de assinar o tratado internacional que oficializa a integração da Crimeia e Sebastópol na Federação Russa, Putin citou a história para falar da Crimeia como “um roubo” sofrido pela Rússia, voltando a defender a legalidade do referendo de domingo passado.

Vladimir Putin considera ainda que depois do golpe de Estado que aconteceu em Kiev, a Rússia “não podia abandonar a Crimeia”. Não ajudar, teria sido “uma traição”, disse, para concluir que não se tratou de anexar ou invadir, mas de reunificar aquele território.

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