Suspeito do ataque ao Museu Judaico de Bruxelas recusa ser julgado na Bélgica

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A Bélgica emitiu um mandado de detenção europeu pedindo a extradição do alegado responsável pelo ataque ao Museu Judaico em Bruxelas. Esta quinta-feira Mehdi Nemmouche, 29 anos, pediu recurso da decisão.

Mehdi foi preso a semana passada em Marselha, numa estação de autocarros, quando estava a chegar ao seu destino no sul de França. Transportava consigo uma pistola e uma Kalashnikov – o mesmo tipo de armas utilizadas no ataque ao Museu Judaico.

Entre os seus pertences também se encontrava uma folha na qual estava rabiscado o nome do grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico do Iraque e do Levante, e um vídeo que mostrava as armas que seriam necessárias para cometer um atentado.

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A bagagem de Nemmouche pode ser vista como um indício, mas “não há nada que prove que Mehdi é o autor dos atos” em causa, disse Apolin Pepiezep, advogado do suspeito, à agência Associated Press. O advogado diz que Nemmouche roubou as armas que foram encontradas na sua posse, e que mesmo que estas tenham sido utilizadas no atentado no Museu Judaico, não há provas de que tenha sido ele a utilizá-las.

Apesar disso admitiu que o seu cliente combateu na Síria, vive como um sem abrigo, está desempregado, e comete furtos. Por isso, pode ser facilmente acusado de “ser jihadista e [estar na] posse de armas”.

O advogado Apolin Pepiezep disse à Associated Press que se o cliente é francês e foi preso em França, deve ser julgado em França. A audiência sobre o mandado de captura europeu emitido pela Bélgica foi adiada devido ao requerimento apresentado pelo advogado do arguido. O pedido de recurso da decisão de extradição enviado pelo advogado poderá adiar até 40 dias, o processo de julgamento.

Mehdi esteve aparentemente calmo durante a audiência, apesar de nos cinco dias de interrogatório se ter recusado responder às autoridades. Na audiência de quinta-feiras acabou por responder a várias questões relativas ao processo.

Mehdi já passou sete anos na cadeia em França. Em 2012 viajou para a Síria e juntou-se a um grupo extremista que combate contra as tropas do Presidente Bashar Al-Assad, indicou o procurador do Ministério Público Francês em tribunal. Na prisão está na lista de pessoas com perfil “jihadista”, acrescentou o procurador.

RE

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