Teatro Lethes desenha programação a pensar nos jovens e no 25 de Abril

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A direção artística do Teatro Lethes de Faro desenhou a programação para 2024 de forma a trazer mais jovens aos espetáculos e a dar uma atenção especial às comemorações do 25 de Abril.

“A ideia é que possamos trazer este ano muita gente nova aos nossos espetáculos, com a intenção de mudar um pouco o paradigma atual”, disse o diretor artístico, Luís Vicente, também responsável pela programação, do Teatro Lethes.

Luís Vicente, que apresentou oficialmente no sábado (dia 13) a programação para 2024, adiantou os espetáculos previstos durante o primeiro trimestre do ano.

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O responsável, que também é ator e encenador na ACTA (A Companhia de Teatro do Algarve), sublinhou que desenhou a programação a pensar em trazer mais “infância e juventude” para os espetáculos, em ter uma atenção especial às comemorações dos 50 anos do 25 de Abril de 1974 e, finalmente, realizar intervenções que sensibilizem, com a realidade dos conflitos que se vivem atualmente no mundo.

Por outro lado, Luís Vicente também foi muito crítico com a falta de apoios que o Teatro Lethes tem tido do atual Governo.

“O nosso projeto de criação sofreu uma rutura com o atual Governo. Espero que o atual ministro [da Cultura] passe ao passado. Espero que vá rapidamente para o lugar inócuo de comentador político”, disse o diretor artístico.

O responsável pela sala de espetáculos realçou que o Teatro Lethes tem conseguido “aguentar” com o suporte financeiro principalmente da Câmara de Faro, mas também dos restantes municípios algarvios com quem tem protocolos assinados.

Luís Vicente destaca algumas novidades durante o corrente ano: no âmbito do teatro, a atuação, pela primeira vez, da “conceituada” Companhia do Chapitô, e no âmbito da dança, a “grande” Rocio Molina, inovadora do flamenco.

Ainda no que diz respeito à dança, realce para a residência artística com a Curiosoaplauso e, no âmbito do Teatro Físico, uma coprodução com o JAT, duas estruturas locais que são “referência artística”.

Por outro lado, segundo o diretor artístico, serão mantidas as parcerias habituais com a Orquestra do Algarve, com as iniciativas promovidas ou patrocinadas pelo município de Faro e com o Teatro das Figuras.

A ACTA, por seu lado, promete duas criações sobre o tema do 25 de Abril.

Até ao fim de janeiro, destaque para “A música das palavras” (18 de janeiro), do coro de câmara Lisboa Cantat, e “El poso de los mil demónios” (25), do Karlik Danza Teatro, de Cáceres, Espanha.

“Apperception Plotline”, “Outono para Graça” e “Almada E TUDO!” (23 de fevereiro), da Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo, “Música a oito vozes” (29), da Orquestra do Algarve, são apostas, entre outras, para fevereiro.

Em março será a vez de “Júlio César” (2), da Companhia do Chapitô, de “Impulso” (9), de Rocio Molina, e de “Viagem ao Centro da Terra” (27), teatro para crianças, de Máquina de Cena.

Finalmente, em abril podem ser vistos os espetáculos “Mary para Mary” (11), de A Barraca, e “Ensaios Abertos” (23-28), da ATA, onde o público é “convocado a participar no estabelecimento final da narrativa dramática e da própria encenação”.

O edifício que hoje se designa Teatro Lethes, começou por ser um colégio de Jesuítas – Colégio de Santiago Maior, fundado pelo Bispo do Algarve, cuja licença lhes foi concedida em 8 de fevereiro de 1599.

A inauguração do Teatro Lethes efetuou-se a 4 de Abril de 1845, associando-se às comemorações do aniversário da Rainha D. Maria II.

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