Um soldado, que cumpriu quatro meses no Iraque, e que estava a ser tratado por “distúrbios mentais”, foi o responsável por um tiroteio na base militar de Fort Hood,quarta-feira, no qual morreram quatro pessoas e 16 ficaram feridas. Ivan Lopez, o atirador, foi uma das vítimas mortais. O militar suicidou-se com um tiro na cabeça.
“Não há indicações de que o incidente esteja relacionado com terrorismo”, apesar de não descartarmos nenhuma possibilidade”, disse o comandante da base militar, em conferência de imprensa.
O atirador, que matou três militares norte-americanos antes de se suicidar, é um soldado que esteve destacado durante quatro meses no Iraque, em 2011, e que sofria de “distúrbios mentais”, incluindo de depressão, detalhou o tenente-general Mark Milley.
Estava a ser tratado por depressão e ansiedade e a ser analisado perante um eventual diagnóstico de Stress Pós-Traumático, o qual não foi confirmado, informou ainda Mark Milley.
A identidade do atirador não foi logo revelada, mas, de acordo com a CNN, trata-se de Ivan Lopez, 34 anos, casado e com filhos. O soldado estaria em Fort Hood – uma das maiores bases dos Estados Unidos – desde fevereiro, transferido de outra instalação militar.
No ataque foi usada uma pistola semiautomática, de calibre 45, a qual terá sido adquirida recentemente. O militar abriu fogo contra uma unidade médica do complexo, entrou num veículo enquanto continuava a disparar e avançou para outro edifício.
O comandante da base militar de Fort Hood explicou que o atirador acabou por se suicidar, com um tiro na cabeça, depois de se confrontar no parque de estacionamento com uma agente da polícia militar, cuja coragem foi elogiada por Mark Milley. “Foi claramente heroico”, disse.
O incidente trouxe à memória o massacre de 2009 em Fort Hood, onde o ex-psiquiatra do Exército norte-americano Nidal Hasan abriu fogo causando 13 mortos e mais de 30 feridos.
Hasan, que ficou parcialmente paralisado na sequência de um tiro durante o ataque, foi condenado, em agosto do ano passado, à pena de morte.
O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou, na sequência do novo tiroteio naquela base estar “devastado” pelo facto de um incidente idêntico ao de 2009 ter voltado a suceder.
“Obviamente, isto reabriu feridas do que aconteceu há cinco anos”, disse Barack Obama, sublinhando que “muitas das pessoas [da base] participaram em múltiplas missões no Iraque e Afeganistão, onde serviram com coragem e distinção, pelo quando se encontram em casa precisam de se sentir seguras”.
Fort Hood, com quase 900 quilómetros quadrados, é a maior base militar norte-americana com uma população de 70 mil, incluindo 42 mil militares.
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