Os trabalhadores do Hotel Vila Galé Cerro Alagoa (Albufeira) estiveram reunidos no dia 17 de agosto para analisar a situação social e laboral naquele estabelecimento. Os trabalhadores uniram-se para manifestarem o “grande descontentamento com os baixos salários” que recebem, naquele caso 770 euros de salário base.
O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Algarve apresentou à administração daquela unidade hoteleira uma proposta de aumento salarial de 100 euros, com efeitos a 01 de janeiro, e pediu uma reunião, no dia 22 de agosto “para tentar obter um acordo que pudesse ir de encontro à proposta apresentada”. Segundo o Sindicatos, a administração recusou “qualquer atualização salarial, acrescentando que os trabalhadores quando aceitaram ir trabalhar já sabiam o salário que iam receber”.
Os trabalhadores irão reunir-se novamente esta quarta-feira, dia 24, “para analisar a resposta da administração” e o Sindicato “irá também realizar plenários noutros hotéis do grupo nos próximos dias”, adiantam,
“Este exemplo comprova, mais uma vez, aquilo que o Sindicato tem dito. Que o principal motivo para a dificuldade em atrair trabalhadores para o setor do Turismo são os baixos salários que os patrões estão a pagar. E esta situação também torna mais claro que a intenção dos patrões, quando estão a pedir ao Governo para facilitar a vinda de trabalhadores de outros países, é manter os baixos salários no sector e facilitar o aumento da exploração para continuar a aumentar os lucros”, pode ler-se na nota enviado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Algarve.
O Sindicato da Hotelaria do Algarve “irá continuar a exigir ao Governo e aos patrões o aumento dos salários e a melhoria das condições de trabalho para todos os trabalhadores – portugueses e estrangeiros – e a apelar aos mesmos para que se unam e organizem com o sindicato para dar mais força à luta por melhores condições de vida para todos”, conclui o documento.
