Músicos que acompanharam Paco de Lucia atuam no mês de agosto em Castro Marim. O espetáculo incluirá a projeção de imagens do quotidiano de Castro Marim filmadas pelo realizador Ivan Dias
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DOMINGOS VIEGAS
Dez anos depois do concerto de Paco de Lucia realizado em Castro Marim, e um ano e meio após o seu falecimento, Castro Marim vai homenagear este grande nome da guitarra e do flamenco com um espetáculo agendado para o próximo dia 8 de agosto, no Revelim de Santo António, com a sua última banda.
Os músicos Alain Pérez, Montse Cortés, Antonio Serrano, Antonio Sánchez e Israel Suárez “El Piraña”, que acompanharam Paco de Lucia ao vivo, tocarão temas compostos pelo guitarrista, de homenagem à sua mãe e a Portugal, sobre projeção de imagens do quotidiano de Castro Marim filmadas pelo realizador Ivan Dias.
Em simultâneo, e de forma integrada, decorre a Festa do Imigrante no Monte Francisco, cujo programa integrará este espectáculo, que por condições logísticas não poderá ser realizado naquela aldeia do concelho de Castro Marim. No entanto, será feita uma serenata de apenas um tema, pelo sobrinho de Paco de Lucía, Antonio Sánchez, em frente à casa da família da Luzia Gomes, na sexta-feira, dia 07 de agosto.
O concerto de dia 08 de agosto no Revelim de Santo António será gratuito para residentes da Eurocidade do Guadiana, composta pelos municípios de Ayamonte, Castro Marim e Vila Real de Santo António, mediante reserva de bilhete. Os restantes bilhetes (lugares sentados) serão vendidos a 15 euros, através de bilheteira eletrónica, bem como no Mercado de Castro Marim, nos quiosques de praia, no castelo e no próprio Revelim de Santo António.
Paco de Lucia, nome artístico de Francisco Sánchez Gomes, nasceu em Algeciras (Espanha) e era filho de Lúcia Gomes, portuguesa natural de Monte Francisco, concelho de Castro Marim, e do também guitarrista de flamenco Antonio Sánchez.
“A última vez que o vi, dava um concerto em Badajoz. Eu estava a dirigir um filme sobre o fadista Carlos do Carmo, que atuava também nesse festival, e de quem Paco era amigo. Alguém lhe perguntou onde ia jantar. Respondeu-nos: ‘Eu, ao outro lado da fronteira. À terra da minha mãe. É um pouco a minha terra, não?’”, conta o realizador Ivan Dias.
Paco de Lucia dedicou dois discos a Castro Marim e à sua mãe e, sempre que podia, visitava a antiga casa da sua progenitora, na localidade de Monte Francisco, onde residiam os seus primos.
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