Trineto de João de Deus visita Casa Museu no 26.º aniversário

João de Deus viveu naquela casa durante a sua infância e juventude, entre 1841 e 1849

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Um trineto de João de Deus visitou a Casa Museu a 25 de outubro, em São Bartolomeu de Messines, no concelho de Silves, durante o 26.º aniversário da abertura do espaço, anunciou a autarquia.

A visita do trineto de João de Deus Battaglia Ramos e Ana de Sacadura Bote de Mello Bramão Ramos foi acompanhada pela Chefe de Gabinete de Apoio à Presidência da Câmara Municipal de Silves, Telma Caroço, da Adjunta do Gabinete de Apoio, Gabriela Brígida e da presidente da Junta de Freguesia de São Bartolomeu de Messines, Carla Benedito, além da equipa de trabalho.

Houve oportunidade de dar a conhecer o espaço e de apresentar um pouco do trabalho desenvolvido pelo município, “no sentido de manter de viva a memória do maior pedagogo português”, segundo o comunicado.

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João de Deus viveu naquela casa durante a sua infância e juventude, entre 1841 e 1849.

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1 COMENTÁRIO

  1. É sempre com legíítimo orgulho que falamos do grande João de Deus, poeta que, pela primeira vez, viu a luz do dia na terra que, igualmente, me viu nascer, São Bartolomeu de Messines, simpática localidade aninhada num vale, entre os Montes de São José e o mítico Penedo Grande, na separação do barrocal com o início da serra algarvia.

    Não foi sem motivo que os seus muito prováveis fundadores, tribos de etnia berbere do Magrebe africano, ali se fixaram, após a Invasão Muçulmana de 711, tendo escolhido aquele recanto – ao mesmo tempo que salpicavam a serra com a criação de minúsculas aldeias, que ainda hoje subsistem –, devido a que o Monte do Penedo Grande os protegia das fortes nortadas.

    Como é do conhecimento geral, os invasores eram constituídos por dois grandes grupos de forças que, etnicamente, nada tinham a ver uma com a outra, unidas apenas pelo facto de professarem a fé muçulmana.
    Falo dos Árabes, com origem na Península da Arábia e dos Berberes do Norte de África.
    Os primeiros, porque se consideravam imbuídos de direitos especiais, face aos Berberes, devido a que eram originários das terras do Profeta, escolheram para si e ocuparam, predominantemente, os centros urbanos, deixando para os Berberes as zonas rurais, facto que constituiu, “ab initio”, o foco nascente de discórdia entre os dois grandes grupos étnicos, algo que haveria de se avolumar e vir a facilitar, no futuro, a chamada Reconquista cristã.

    A História é feita de acontecimentos que, por vezes, nos poderão surpreender.
    Não é por acaso, pois, face ao que acima escrevi, que os filhos da nossa terra transportam em si, porventura, sem o saberem, genes africanos.
    Na minha infância, quando as pessoas da serra se deslocavam a Messines, nos dias de mercado, para fazer os seus aprovisionamentos, com os seus meios de locomoção e transporte, que, ao tempo, eram, ainda, preferencialmente, machos e mulas, tive a oportunidade de presenciar as impressionantes semelhanças dos fácies dessa gente com os da população que, hoje, podemos ver, num qualquer “souk” marroquino.

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