Um ano sem o Domingos

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Cumprem-se hoje, dia 16 de janeiro, trezentos e sessenta e cinco dias que deixámos de ter o Domingos na nossa redação, na nossa companhia.

Depois do trágico acidente que lhe roubou a vida, não voltou esta equipa a ser a mesma!
Ficou um enorme vazio que a todos afetou.

O JORNAL do ALGARVE perdeu um dos seus principais rostos, um dos seus principais obreiros. O Algarve perdeu um jornalista sério e meticuloso… os colegas viram-se privados da sua companhia diária, da sua orientação, da sua sensatez, da sua amizade… nós perdemos o trabalhador, o jornalista, o homem da nossa confiança! É, portanto, completamente impossível tudo voltar a ser como dantes!

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Era uma quarta-feira, em que tudo parecia correr normalmente, quando soubemos de um grande acidente entre Vila Real de Santo António e Castro Marim! O normal seria fazermos a cobertura do acidente para noticiarmos na nossa página digital. Onde está o Domingos? Já saiu, disse a Anita. Pouco depois chegou a notícia de que o acidente tinha sido com uma carrinha… Nunca nos passou pela cabeça que a notícia éramos nós, que era o jornalista do JORNAL do ALGARVE, o Domingos Viegas.

Dois mil e vinte, dia 16 de janeiro! Um ano depois, é a data de capa do jornal! Uma data que não mais poderemos esquecer, tal como não esquecemos diariamente, sempre que olhamos para a sua secretária, sempre que olhamos para um título que não está devidamente alinhado, como ele fazia questão! Como não esquecemos quando passamos por aquele local fatídico, onde o Domingos e o Daniel perderam a vida… A Anita e a Lena têm que passar por lá diariamente, quando vêm para o jornal e quando regressam a casa. Como lhes deve custar…

A família, crente, mandou rezar uma missa pela sua alma na manhã do dia de hoje. Nós, não tão crentes assim, queremos com este simples texto honrar a sua memória. Solidarizamo-nos com a família, principalmente com os seus pais que não deveriam assistir à perda de um filho, cientes de que, se a nós nos faz falta, é imensurável a falta que o Domingos faz aos dois filhos e aos seus familiares mais próximos. Passávamos o dia com ele, sabemos como era um pai dedicado, muito dedicado…

Sabíamos que gostávamos dele… mas quanto mais o tempo passa, mais nos apercebemos que não sabíamos quanto!

Luísa Travassos/Fernando Reis

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