No próximo domingo, dia 1 de julho, a Comissão de Utentes da Via do Infante organiza mais uma ação de protesto contra as portagens na A-22, com a colocação de diversos memoriais em homenagem às vítimas de acidentes na Estrada Nacional 125.
Os memoriais irão ser colocados ao longo daquela estrada, nos chamados “pontos negros” e que já provocaram acidentes e vítimas mortais.
De sotavento para barlavento, as ações decorrerão na Aldeia Nova, acesso à Praia Verde, Cacela (Sítio do Buraco), cruzamento Conceição/Cabanas de Tavira (rotunda do golfe), ponte do Almargem (descida da Calçadinha), Luz de Tavira, cruzamento do Livramento, rotunda de Bela Mandil (entre Olhão e Faro), Vale de S. Lourenço (Almancil), Quatro Estradas (desvio de Vilamoura e Vale de Judeu), Boliqueime, cruzamento para Albufeira, cruzamento de Pera, zona da Fatacil (Lagoa), Odiáxere, cruzamento do Chinicato e rotunda das Quatro Estradas (acesso à Praia da Luz).
Estão, ainda, previstas duas concentrações de utentes, na parte da manhã, pelas 10h30, junto à colocação do memorial entre o acesso à Praia Verde e a rotunda do Infante, e na parte da tarde, pelas 17h00, junto ao memorial que será erguido no quilómetro 87, entre o desvio de Vilamoura e Quatro Estradas.
Governo “mentiu depudoradamente”
Para a Comissão de Utentes da Via do Infante, o ministro da Economia e o Governo “mentiram despudoradamente ao Algarve e ao país”. Os responsáveis daquela comissão recordam que “depois de terem provocado uma estocada mortal, com as portagens, numa região em crise social e económica gravíssimas e que só vive praticamente do turismo, disseram que até final de junho e antes do fim das isenções iria haver uma avaliação sobre o impacto da introdução de portagens. Até agora nada existe!”
E alertam que o Algarve “vai entrar num verdadeiro estado de emergência este verão devido às portagens e ao fim das isenções na Via do Infante”, quando a sua população mais que triplicar, passando de 400 mil habitantes para 1,5 milhões de pessoas.
A Comissão de Utentes congratula-se com as posições da Entidade Regional de Turismo do Algarve e da AHETA, que apelaram à suspensão das portagens por estas estarem a “destruir o turismo e a região”.
Porém, reafirma que se torna “premente e urgente” uma “grande mobilização dos utentes e da sociedade civil, dos autarcas, da AMAL, das organizações empresariais, sindicais e outras para que se manifestem contra as portagens no Algarve”.
“A continuação das portagens conduzirá a região para o desastre e a ruína total, como se está a comprovar”, alertam os responsáveis da Comissão de Utentes da Via do Infante.
