Os efeitos da crise na solvência das empresas e das famílias são cada vez mais visíveis. O Banco de Portugal revelou ontem, no Boletim Estatístico, que o montante dos cheques sem provisão totalizou, em julho, 217,6 milhões de euros. É preciso recuar a janeiro de 2004 para encontrar um valor mensal superior.
Escreve o jornal i que quando confrontados com maior pressão de fornecedores e outros credores para cumprirem os seus pagamentos, os portugueses não estão a resistir à tentação de passar cheques, mesmo sabendo que não terão fundos suficientes, só para ganhar uns dias de tesouraria.
Feitas as contas foram devolvidos mais de 7 milhões de euros por dia devido a provisão insuficiente, o que representa quase o dobro dos 3,6 milhões de euros rejeitados em janeiro.