O mar algarvio
O eng. David Santos, presidente da CCDR Algarve, tem vindo a visitar estruturas ligadas ao mar algarvio. Visitou os estaleiros de Vila Real de Santo António. Acaba de visitar a Companhia de Pescas do Algarve, agora sedeada em Olhão, explorando um offshore de pesca. É bom sinal que o Algarve retome o mar, as suas imensas potencialidades. A náutica de recreio, de cruzeiro, é uma delas. Almeida Faria, presidente do Forum do Mar, disse-nos que diante do Algarve passam cerca de doze mil barcos de cruzeiro, ano, via o Mediterrâneo. Se houver capacidade de aliciamento, cada porto de recreio pode receber mais de quinhentos barcos. Cerca de cinco mil visitantes com alto poder de compra. Isto sem contabilizar os efeitos directos, indirectos, nas frentes ribeirinhas. Nada pois de desperdiçar.
Reabilitação do Centro Histórico
Dei já os meus cumprimentos ao Dr. Rogério Bacalhau pela sua vitória em Faro, embora tivesse votado diferente. A cidadania é assim. Activa, cumprimentando não um adversário, mas o novo presidente da minha edilidade. Cumprimentei-o, mas tive oportunidade de lhe pedir que não deixe neste seu mandato de reabilitar o centro histórico de Faro. O mais fácil das cidades médias portuguesas. Edifí-cios de um só andar, um só proprietário, obras mais curtas, créditos menos expressivos. Faro necessita reabilitar apenas noventa e poucos edifícios. Porquê o centro histórico apenas? Porque numa cidade em crise não se pode começar por todo o lado. Richard Rogers, arquitecto célebre, autor do livro «Cidades para Um Pequeno Planeta», interrogava-se sobre o mesmo. Por onde começar?
O movimento fronteiriço
Não posso deixar de elogiar o novo eixo Vila Real de Santo António-Ayamonte. Atravessei o Guadiana e dei de caras na antiga Aduana com o Centro Local de Serviços Avançados. Ayamonte é hoje «vendida» por todos meios electrónicos, smartfhones, outros meios digitais. Em Vila Real de Santo António a dinâmica não é inferior. Na rua principal não falta gente. É o efeito de uma reciprocidade de um lado e outro do rio. Há anos, quando colaborei com a autarquia, propus um roteiro gastronómico comum, com os vinte restaurantes melhores de cada lado. Uma senhora da câmara pombalina não alcançou o objectivo. Foi uma pena.