O presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vítor Aleixo, manifestou a sua preocupação relativamente à “degradação da qualidade dos serviços de saúde prestados nos hospitais e extensões de saúde da Região” e reafirmou a defesa do serviço nacional de saúde.
As declarações foram proferidas durante o 31.º Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, que decorreu em Vilamoura, na passada quinta-feira, com a presença do secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa.
Numa altura em que o Algarve vive graves problemas nesta área, o autarca sublinhou que “é preciso estar vigilante quanto ao funcionamento do Serviço Nacional de Saúde no Concelho, bem como pugnar pela concretização de políticas de saúde que favoreçam a Região”.
Em tom de alerta aos responsáveis governamentais, Vítor Aleixo criticou algumas das medidas de austeridade e os cortes impostos que têm levado ao acentuado decréscimo da qualidade dos serviços, nomeadamente a fusão do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio e do Hospital de Faro que levou à criação do Centro Hospitalar do Algarve.
“Não reformam nem racionalizam o sistema público de prestação dos cuidados de saúde. Pelo contrário, vieram contribuir para a sua desorganização e para o seu colapso a curto prazo, o que virá a privar os cidadãos de um direito consagrado constitucionalmente”, considerou o edil.
Assumindo-se como um “convicto defensor do Serviço Nacional de Saúde” na prossecução do interesse público, Vítor Aleixo adiantou que o Município de Loulé tem em preparação “projetos com vista ao aumento da prevenção e à melhoria dos cuidados que presta aos cidadãos contribuintes e aos doentes”.
“No meu entendimento, neste nosso tempo conturbado, a Saúde deve ser vista como um bom e direto indicador da qualidade de vida, do progresso e do desenvolvimento humano, em que os decisores nos vários níveis da administração devem colaborar”, disse ainda o autarca louletano.
