VRSA: Álvaro Araújo confirma acordo com eleito da CDU

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O presidente da Câmara de VRSA, Álvaro Araújo, confirmou esta manhã que o vereador eleito pela CDU no município, Álvaro Leal, tem um acordo com o PS na autarquia e deverá assumir a vereação a tempo inteiro, perfazendo uma maioria absoluta, em conjunto com os três eleitos socialistas.

Entretanto, em reunião realizada quinta-feira à noite, o PCP reiterou a posição já assumida, de recusar a oferta de cargos a tempo inteiro no executivo, e deliberou que, caso se confirme o acordo pessoal do seu eleito com os socialistas, lhe retirará a confiança política, soube o JA. O PCP mantém, no entanto o acordo pré-eleitoral de princípio com o PS para viabilizar todas as medidas que foram “em benefício do desenvolvimento do concelho”

Em declarações ao JA, o presidente do município eleito a 26 de setembro adiantou que Álvaro Leal já aceitou o pelouro do desporto e poderá assumir outras funções, lembrando que na reunião de hoje do executivo camarário (a primeira desde a tomada de posse) foi deliberada e votada por unanimidade precisamente a atribuição de mandato a tempo inteiro ao vereador da CDU.

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“Antes das eleições havia conversas. Nunca neguei que queria uma grande coligação de esquerda e como é óbvio a CDU foi sondada nesse sentido. Não foi possível. E essas conversas foram tidas com o cabeça de lista da CDU. O Álvaro Leal sempre nos disse que estava disponível para responder àquilo que a população quisesse. Se a população o elegesse estaria disponível para conversar. VRSA ficou a ganhar, a CDU e o seu vereador terão pelouros atribuídos”, declarou Álvaro Araújo ao JA.

Álvaro Araújo salientou que Leal terá um gabinete próprio e uma equipa própria a trabalhar com ele, como propôs o PS.

“Toda a gente vai perceber que o vereador da CDU vai ter os pelouros que tem e a intervenção que vai ter”, disse, ressalvando que, quanto às políticas concretas que o vereador eleito pela CDU implementará, haverá “separação de águas”.

“Vamos sempre separar as águas. Convergindo, porque ele foi eleito de acordo com um programa e isso vai ser respeitado na íntegra. Temos muitos pontos convergentes, mas naqueles em que divergimos vamos procurar pontes de entendimento para conseguirmos convergir. Quando não for possível, Álvaro Leal será livre para votar e tomar o rumo que entender”, precisou.

Além de Álvaro Araújo e do vice-presidente Ricardo Cipriano, a tempo inteiro por inerência dos cargos, exercerão também funções a tempo inteiro a vereadora socialista Conceição Pires e Álvaro Leal.

Entretanto, na mesma reunião, na manhã de hoje, em que foi decidido atribuir vereação a tempo inteiro a Conceição Pires e Álvaro Leal, a primeira reunião camarária após a tomada de posse, o único representante do PSD presente, José Carlos Barros, decidiu abandonar o plenário antes do início da Ordem do Dia por considerar que a reunião foi convocada de forma ilegal.

Segundo José Carlos Barros – independente eleito pelo PSD – a convocação foi feita de forma irregular, pois não terá sido cumprido o prazo de cinco dias para a sua realização após a tomada de posse (prazo que se extinguia esta quinta-feira), alegando, por outro lado, irregularidades nas convocatórias enviadas por correio eletrónico.

Alegando precisamente essas falhas, faltaram a esta primeira reunião os vereadores social-democratas Luís Gomes e Fátima Valentim.

Em resposta às críticas do vereador eleito pelo PSD, o presidente Álvaro Araújo garantiu que a forma de convocação foi precisamente a mesma da utilizada para as reuniões pós-eleitorais de 2013 e 2017: “Os serviços que enviaram estas convocatórias são precisamente os mesmos que estavam ao serviço do PSD”, em resposta corroborada pelo eleito da CDU, que recordou que a convocação “foi igual à utilizada em 2017”.

Em declarações ao JA, Álvaro Araújo disse entretanto que o prazo máximo de cinco dias a contar da data das eleições “foi cumprido”, já que, de acordo com uma norma legal, se devem excluir os sábados e domingos, restringindo-se esse prazo aos dias úteis.

Por outro lado, segundo o presidente do município, de acordo com a lei a convocatória foi feita por e-mail e foi confirmada telefonicamente com todos os vereadores a receção da missiva por correio eletrónico. “Foi-lhes dito que se não recebessem seria mandado outra vez”, concluiu Álvaro Araújo.

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