Agressões a elementos da GNR “estão a cair na banalização” no Algarve

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A Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) diz que as agressões e as injúrias aos elementos da GNR “estão a cair na banalização” e, “pese embora o facto de a legislação prever um agravamento da pena para este tipo de crime, a verdade é que raramente há consequências para quem o pratica”.

A associação refere-se em concreto ao caso dos profissionais da GNR de Albufeira e do destacamento de intervenção que foram agredidos esta semana por oito cidadãos franceses que se encontravam a provocar desacatos na Oura, numa das ruas mais movimentadas da cidade.

“Três profissionais da GNR ficaram feridos e um chegou mesmo a receber tratamento hospitalar”, lembra a APG em comunicado, lamentando que “as notícias de agressões a profissionais da GNR no Algarve, na época de verão, já não sejam novidade, sem que se vejam sinais por parte da tutela de que tem consciência que são necessárias medidas extraordinárias”.

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“Há zonas do Algarve que na época de veraneio têm um acréscimo sazonal de população, em que se potenciam as situações que podem resultar em violência, sendo que os recursos humanos disponibilizados são insuficientes. Como verão o Algarve aqueles que o escolhem como destino de férias, ao terem conhecimento que nem os próprios profissionais da GNR se sentem seguros?”, lê-se no comunicado.

Segundo a associação, situações como aquela que se passou em Albufeira ilustram bem o risco da profissão e “é lamentável que o Governo não o reconheça, que o prejuízo fique exclusivamente do lado do profissional da GNR, que é agredido, pode ficar de baixa médica e ainda, no momento, tem que despender dos valores das taxas moderadoras dos serviços de saúde que lhe forem prestados e que, no limite, pode até perder a vida”.

Para os profissionais da GNR, “é o sentimento de impunidade que faz com que casos como este se multipliquem, sem que quem tem a responsabilidade e agir e decidir com rigor o faça”.

“Neste caso em particular a impunidade é absoluta, pois, tratando-se de cidadãos estrangeiros, depois de detidos são libertados e, naturalmente que quando são notificados para comparecer em tribunal, será difícil que isso aconteça e certamente já poderão estar no seu país de origem”, critica a associação, rematando que “a passividade com que as agressões e injúrias contra os profissionais da segurança pública têm sido tratadas abalam de forma séria a imagem de prestígio” da instituição.

NC/JA

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