Agricultores algarvios protestam pela EN125 para exigir “condições justas”

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Os agricultores do Algarve realizam uma marcha lenta entre Faro e Castro Marim, esta quinta-feira, para exigir “condições justas” e a “valorização da atividade”, anunciou o Movimento Civil de Agricultores Portugueses, promotor do protesto.

Segundo a informação enviada pela porta-voz do movimento no Algarve, Fátima da Rocha, os participantes serão chamados a agrupar-se junto ao Estádio do Algarve, no Parque das Cidades Faro-Loulé, pelas 05h00, iniciando uma hora depois uma marcha lenta pela Estrada Nacional 125, até Castro Marim.

A manifestação está inserida num conjunto de ações convocadas pelo movimento para quinta-feira, em várias zonas do país, nos quais está previsto a saída de máquinas agrícolas para as estradas para reclamar melhores condições na atividade.

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O protesto foi convocado hoje pelo Movimento Civil Agricultores de Portugal, que se apresenta como “um movimento civil espontâneo e apartidário que une agricultores e sociedade civil em defesa do setor primário”.

Convidando “toda a sociedade civil a estar presente e a apoiar esta causa”, os agricultores portugueses afirmam-se “unidos e preparados para se defenderem do ataque permanente à sustentabilidade, à soberania alimentar e à vida rural”.

O Movimento Civil Agricultores de Portugal destaca que o seu objetivo é “apoiar os agricultores e melhorar a produtividade do setor agrícola, garantindo um abastecimento estável de alimentos a preços acessíveis”.

A estrutura defende a “reposição imediata das ajudas” e a “assunção dos compromissos contratualizados” no âmbito de uma revisão do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC) para garantir a sua adequação “à realidade portuguesa”.

Os agricultores defendem também políticas agrícolas com diretrizes de médio e longo prazo, de forma a garantir estabilidade ao setor, uma dotação orçamental “adequada a cada pilar”, ecorregimes adequados a cada território, a convergência para a média da União Europeia, a revisão do calendário de pagamentos e a desburocratização dos licenciamentos (Balcão do Agricultor).

Entre as reivindicações estão ainda o reconhecimento dos serviços ambientais, fatores de produção “a preços justos e competitivos” (nomeadamente nos combustíveis), a valorização dos produtos no produtor, a aplicação das mesmas regras da União Europeia à entrada de produtos agrícolas de países terceiros e que a agricultura faça parte da disciplina de Cidadania nas escolas.

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