ARS esclarece alegadas “consultas à chuva” em centros de saúde

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Na sequência do comunicado do Sindicato de Enfermeiros Portugueses (Delegação de Faro), que denunciava “consultas à chuva em USF no Algarve”, o Conselho Diretivo da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve esclareceu que não recebeu “qualquer contacto a sinalizar a existência do alegado problema com infiltrações na USF de Lauroé (em Loulé)”, mas que “já foram enviados técnicos para os locais para analisarem as situações e proporem em conformidade”.

A ARS recorda que as Unidades de Saúde Familiar (USF) Lauroé (em Loulé) e USF Albufeira, “quando foram constituídas, foram instaladas provisoriamente, no ano de 2010, em módulos pré-fabricados nos perímetros dos Centros de Saúde de Loulé e de Albufeira, respetivamente”.

O Município de Loulé formalizou um protocolo com a ARS em 2010 para a disponibilização de um terreno com vista à construção de instalações definitivas, as quais se destinavam também a sedear o Agrupamento de Centros de Saúde Central.

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“Esta construção nunca se concretizou. O Município de Albufeira, na altura, manifestou intenção igualmente de ceder um terreno para a instalação definitiva da USF, o que, por motivos vários, nunca se veio a verificar.”, explica a ARS.

A 10 de maio de 2016, o atual Conselho Diretivo da ARS formalizou um novo protocolo com o Município de Loulé no qual se definiram as responsabilidades financeiras pela construção da obra, a qual será levada a cabo em parceria pelas duas entidades, a iniciar em 2017. Mais recentemente, o atual Conselho Diretivo da ARS acordou com o Município de Albufeira a cedência de um terreno para edificar a USF, tendo havido já um estudo técnico preliminar para a sua edificação.

“As instalações provisórias modulares pré-fabricadas não são a solução adequada para o funcionamento a longo prazo de uma unidade de saúde, sendo mais suscetíveis à degradação por efeito dos elementos do que uma edificação definitiva. Em concreto, estas instalações recebem intervenções de reparação sempre que se deteta a sua necessidade. Por exemplo, na semana passada foi pedido pelo Gabinete de Instalações e Equipamentos (GIE) um orçamento para executar um reforço da cobertura da USF de Albufeira, obra que será concluída nos próximos dias”, explica a ARS.

E prossegue: “A atividade assistencial das USF é programada, logo, não destinada a situações urgentes. No caso de existirem circunstâncias que impeçam o regular funcionamento da atividade, os profissionais de saúde devem procurar relocalizar os serviços em outras salas. Nestes casos concretos, deverá haver articulação com as UCSP de Loulé e de Albufeira que funcionam ambas a escassos metros de distância. Alternativamente, deverão suspender a atividade e remarcar os utentes para data posterior. As situações que careçam de atenção imediata devem ser encaminhadas para outra tipologia de resposta – no caso, por exemplo, para os Serviços de Urgência Básica que funcionam apenas a metros ao lado, quer em Loulé, quer em Albufeira”.

A ARS considera ainda que a situação descrita pela fotografia enviada juntamente com o referido comunicado do Sindicato dos Enfermeiros “é totalmente desconforme com as boas práticas de atendimento nos cuidados de saúde primários” e “também com as orientações atrás descritas”.

“Iremos averiguar a veracidade da correspondência entre a foto e a localização alegada”, garantem os responsáveis da ARS Algarve.

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