Assembleia Municipal de Faro aprova plano de reequilíbrio financeiro com inúmeras críticas

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A Assembleia Municipal de Faro aprovou a proposta de plano de reequilíbrio financeiro da autarquia (PSD) e a consulta à banca para um pedido de empréstimo de 48 milhões de euros.

A proposta foi aprovada esta quarta feira, com seis votos contra – três da CDU, um do PS, um do BE e outro da associação Cidadãos com Faro no Coração -, e com a abstenção da maioria dos deputados da bancada socialista.

O presidente da Câmara de Faro, Macário Correia, afirmou durante a sessão que vai esta tarde apresentar pessoalmente o documento ao Ministério das Finanças, já que a sua viabilização depende da aprovação do Governo.

Já a proposta de consultar a banca para a obtenção de um empréstimo de 48 milhões de euros, após a aprovação do plano pelo Governo, mereceu quinze votos a favor, onze contra e sete abstenções.

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Com um passivo de cerca de 100 milhões de euros, a autarquia vai receber no próximo ano sete milhões de euros de transferências diretas do Estado, o que representa um corte de 10 por cento face a 2010.

A câmara ultrapassou o limite de endividamento em 2008 em mais de sete milhões de euros, sendo Faro a única capital de distrito a integrar a lista de 17 autarquias notificadas por ultrapassarem o limite de endividamento líquido naquele ano.

Após a votação, o PS frisou que apesar de a maioria ter optado por se abster, tal não significa que os socialistas “estejam a viabilizar o documento” já que têm dúvidas que o mesmo venha a ser aprovado pelo Estado “tal como está”.

Durante a sessão, a CDU apontou também “inúmeros erros” ao documento, que diz não ser rigoroso, afirmando que o plano de reequilíbrio financeiro irá “hipotecar o futuro do concelho nos próximos vinte anos”.

Macário Correia, por seu turno, lembra que existem 7388 faturas por liquidar, correspondentes a 493 entidades credoras, sendo que a dívida a mais de 50 destas entidades atinge valores superiores a 100 mil euros.

O presidente enumera como algumas das causas do problema financeiro da autarquia o aumento da despesa corrente em oito por cento entre os anos 2005 e 2009 e despesas mensais de contas individuais de telemóvel que atingiram os 700 euros.

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