Aumentar IVA e TSU é solução “amiga” da economia

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O primeiro-ministro garantiu esta quinta-feira que o aumento do IVA e da TSU tem como objetivo aliviar os pensionistas e repartir os sacrifícios, sublinhando que a medida irá beneficiar a “médio prazo” a economia.

“[O aumento de] 0,25 por IVA e 0,2 da TSU custarão menos a suportar pela generalidade dos portugueses do que o mesmo valor só entre os pensionistas”, declarou Passos Coelho na sessão comemorativa do 1º de Maio, promovida pelos Trabalhadores Sociais Democratas (TSD).

Segundo o primeiro-ministro, os aumentos do IVA e da Taxa Social Única não terão qualquer efeito recessivo e visa garantir a sustentabilidade do sistema de pensões e não para a redução do défice.

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“Os que dizem que vai ter um efeito recessivo, enganam-se, porque não estamos a ir buscar nem mais nem menos, é o mesmo. Pelo contrário, em certos aspetos podemos pensar que do ponto de vista económico esta solução a médio prazo será mais amiga do crescimento da economia porque estamos a restituir rendimento a quem tem uma propensão para o consumo muito elevada”, explicou.

Saída limpa?

Passos Coelho deixou ainda antever que deverá anunciar nos próximos dias uma “saída limpa” do programa da troika, ao afirmar que o que foi feito até agora permitirá ao país caminhar pelos próprios meios, a partir de 17 de maio.

“Estamos em condições de apresentar aos portugueses a nossa estratégia orçamental para os próximos anos e ao mesmo tempo mostrar aos portugueses que o caminho que percorremos até aqui permite-nos hoje caminhar pelas nossas próprias posses e pelos nossos meios a partir de agora”, acrescentou.

O primeiro-ministro defendeu, contudo, que será preciso “responsabilidade orçamental” e prosseguir as reformas no futuro. “A partir de agora temos mais oportunidades para financiar o crescimento, com responsabilidade orçamental, mas também apostando em projetos que possam ter potencialidades no futuro”, afirmou.

E não deixou a oportunidade de lançar críticas à oposição, sobretudo ao PS, quanto à falta de entendimento durante este período. “O Governo pagou dívidas, desceu o défice, aumentou a taxa de investimento na economia e começa a apresentar uma redução do desemprego. Sobretudo fez isso tudo com consenso social, mas não obteve qualquer contributo, ao contrário do que aconteceu no passado, do maior partido da oposição”, lamentou.

“O espírito de compromisso deverá prevalecer para podermos comemorar mais 1ºs de Maio e 25 de Abril para acrescentar aos sonhos dos portugueses o que merecem”, insistiu Passos, frisando a necessidade de mais prosperidade e justiça social.

RE

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