O Bloco de Esquerda alertou esta semana para uma alegada expulsão de professores do Estádio Municipal de Portimão no domingo, dia 28 de maio, anunciou o partido.
Estes docentes e outros profissionais de educação “foram coagidos à entrada do estádio de futebol de Portimão apenas porque vestiam blusas com mensagens alusivas à luta pela escola pública”, segundo o comunicado.
O objetivo desta iniciativa que contou com a participação de professores, assistentes operacionais e assistentes técnicos era “apoiar o treinador que se solidarizou com a luta pela escola pública”, mas foram obrigados a colocar as camisolas do avesso.
“Como se não bastasse, uma vez dentro do estádio, foram expulsos sem razão atendível, apesar de terem bilhete”, acrescenta.
O Bloco de Esquerda considera que esta situação é “inaceitável e exige que se apure responsabilidades”, uma vez que “protesto no espaço público é legítimo e protegido pela lei e pela Constituição”.
“As instruções dadas às forças de segurança, independentemente da sua origem, que tem de ser apurada, demonstram um absoluto desprezo pelo direito à livre manifestação e pela liberdade de expressão, e revelam tiques ditatoriais”, refere.
O partido exige ainda esclarecimentos urgentes da presidente da Câmara Municipal de Portimão, Isilda Gomes, sobre “qual foi a entidade que deu à Polícia de Segurança Pública (PSP) instruções para atuar da forma como atuou”.
“É importante ressalvar que este movimento de luta pela educação pública de qualidade é urgente e necessário face ao desprezo que tem sido alvo por parte do Governo. Os professores que se engajam nesta luta merecem todo o nosso respeito e apoio e a expulsão dos professores do estádio é mais um exemplo do caminho necessário para garantir uma educação pública de qualidade para todos os portugueses”, conclui.