O Bloco de Esquerda anunciou que irá entregar na Assembleia da República, no início deste mês de janeiro e através do seu deputado eleito pelo Algarve, um projeto de resolução propondo “a imediata extinção do Centro Hospitalar do Algarve”.
O objetivo do Bloco é a valorização do Hospital de Faro e do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio, dotando-os de gestão descentralizada e reforçando-os com novos profissionais e novas valências e serviços.
“Os últimos casos ocorridos no Hospital de Faro, a somar a tantos outros, só vêm provar que o Centro Hospitalar do Algarve e a sua administração não têm mais condições para continuar”, afirmam os bloquistas, referindo-se “ao caos verificado nas urgências” no dia de Natal e ao recente caso da morte de um doente, vítima de um AVC, transferido de Faro para Coimbra. “Há que apurar todas as responsabilidades”, defende o Bloco.
Para o Bloco, o modelo de gestão hospitalar no Algarve “revelou-se um fracasso” e o Algarve “vive uma situação de emergência no que respeita ao Serviço Nacional de Saúde”. Os bloquistas acrescentam ainda que “o Centro Hospitalar do Algarve e o seu conselho de administração – onde merece destaque o seu presidente – não têm tido capacidade para responder adequadamente aos problemas de saúde existentes”.
Como exemplos, o Bloco recorda a falta de profissionais de saúde e o constante descontentamento, por falta de condições, a falta de medicamentos e de material cirúrgico, o adiamento de cirurgias, a degradação dos cuidados de saúde hospitalares, a maternidade de Portimão em risco de fechar, bem como o encerramento ou diminuição grave de serviços e valências.
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