Bolsa de Xangai volta a fechar no vermelho

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O analista Tom DeMark, citado pela Bloomberg, prevê que o índice da Bolsa de Xangai tenha uma descida de mais 14% nas próximas três semanas

A Bolsa de Xangai voltou a fechar esta terça-feira no vermelho. A queda do índice composto registada foi de cerca de 1,7%, depois de ter estado a cair mais de 3% durante a sessão, segundo dados da Bloomberg. A quebra acumulada do índice desde o pico da bolha a 12 de junho já soma 29%. A capitalização bolsista caiu mais de 2,7 biliões de euros, o equivalente ao PIB do Reino Unido.

Este fecho no vermelho segue-se a uma “segunda-feira negra” que registou uma queda do índice composto na Bolsa de Xangai de quase 8,5%, a maior queda de 2015, e a segunda maior desde 2000. Este índice atingiu um pico a 12 de junho que já não se verificava desde 2000, culminando uma bolha especulativa que em 12 meses viu a capitalização bolsista subir 135%. A volatilidade deste índice, na segunda-feira, foi a mais elevada desde 1997. O ponto mais baixo de capitalização bolsista registado este ano ocorreu a 8 de julho, um dia que já foi batizado de “terça-feira negra”.

O analista Tom DeMark, citado pela Bloomberg, prevê que o índice da Bolsa de Xangai tenha uma descida de mais 14% nas próximas três semanas. DeMark considera que o padrão de evolução do índice composto da Bolsa de Xangai em 2015 é similar ao do Dow Jones em Wall Street em 1929. O analista, citado pelo Bloomberg, sublinha que “não é possível manipular o mercado; os dados fundamentais [da economia] determinam o mercado”. A evolução da economia chinesa aponta para taxas de crescimento em 2015 e 2016 abaixo do limiar dos 7%, segundo as previsões do Fundo Monetário Internacional.

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Os analistas sublinham que a atual quebra bolsista revela que o braço de ferro entre os investidores bolsistas e o governo de Pequim prossegue. As medidas de intervenção governamentais tomadas nas últimas semanas parecem estar a “atemorizarar” ainda mais os investidores. Segundo a Bloomberg, mais de 1400 empresas chinesas cotadas chegaram a suspender temporariamente a negociação das suas ações, congelando mais de 1000 milhões de euros.

O índice Nikkei 225 da Bolsa de Tóquio fechou ligeiramente negativo, com uma queda de -0.1%, inferior à registada na segunda-feira de quase 1% (-0,95%). O índice Hang Seng da Bolsa de Hong Kong estava a negociar no positivo, com um crescimento superior a 1%, depois de uma quebra de 3,09% registada na segunda-feira.

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