Candidato do BE a Faro defende banco público de habitação

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O candidato do BE à Câmara de Faro defendeu a criação de um banco público de habitação para regular os preços de mercado, argumentando que a dificuldade no acesso à habitação tem condicionado o desenvolvimento de Faro.

“O que nós precisamos é de intervenção pública na habitação, de forma a que haja um banco público de habitação, com entre cerca de 20 a 30% [da habitação]. Nós neste momento em Portugal temos 2% de habitação pública e confundimos habitação pública com habitação social”, alertou Aníbal Coutinho.

Em declarações à Lusa, o candidato defendeu que este banco público de casas poderia ter não só habitações construídas pelo Estado, como outras da esfera privada, que podiam ser reabilitadas e pertencer a esse banco sem que as pessoas perdessem o direito à propriedade.

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“Porque nós, neste momento, o que temos é um mercado de habitação exclusivamente regulado pelos privados e isso não pode existir”, sublinhou, notando que, no caso do arrendamento, não se pode “continuar a achar que é sustentável haver arrendamentos a 800 euros”.

Para o candidato do BE à Câmara de Faro, que nestas eleições autárquicas se estreia na vida política, a dificuldade no acesso à habitação “acaba por condicionar todo o desenvolvimento da região e, particularmente, de Faro”.

Segundo este médico do Centro Hospitalar e Universitário do Algarve (CHUA), se uma grande empresa quiser fazer a sua sede em Faro e quiser, por exemplo, engenheiros ou técnicos de grande diferenciação, “para os deslocar para o Algarve tem uma série de condicionalismos”.

Por outro lado, numa região onde há grandes dificuldades em fixar profissionais de saúde, se forem necessários médicos e enfermeiros para um hospital não há “qualquer tipo de competitividade” para os deslocar para outras cidades.

“E estamos a falar de uma profissão [médico] que, em termos práticos, é de uma classe média e média-alta. Se formos para a classe média vulgar, então, é uma verdadeira tragédia”, concluiu o diretor do serviço de Urologia do CHUA.

O BE tem como adversários na corrida à presidência da capital algarvia o ‘repetente’ Rogério Bacalhau (PSD/CDS-PP/IL/MPT/PPM) – que se candidata a um terceiro e último mandato -, o antigo vereador socialista João Marques, Catarina Marques (CDU) e Elza Cunha (PAN).

Nas eleições de 2017, a coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM obteve 43,94% dos votos, alcançando maioria absoluta no executivo, com cinco vereadores. O PS obteve 38,06% dos votos (restantes quatro vereadores) e a CDU, com 7,38%, perdeu o vereador que tinha assegurado em 2013.

As eleições autárquicas realizam-se em 26 de setembro.

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