Carências na área da saúde motivam reunião entre sindicato e Câmara de Albufeira

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Os dirigentes sindicais do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses reuniram com o presidente da Câmara Municipal de Albufeira para dar conta de vários problemas que estão a afetar o trabalho dos enfermeiros e os utentes.
“A carência e a acessibilidade são questões fulcrais sendo que é nas extensões de saúde que se encontra a população mais idosa, com poucos recursos e por isso mais desprotegida”, defende o sindicato que evidenciou duas preocupações ao edil de Albufeira, nomeadamente o facto de não existir uma rede de transportes entre freguesias eficaz que facilite a deslocação dos utentes que deixem de ter cuidados de enfermagem nas extensões de saúde das freguesias onde residem.
A outra preocupação foca-se na não realização de visitas domiciliárias a utentes das unidades de saúde existentes no concelho, mais precisamente a Unidade de Saúde Familiar e as UCDP1 e 2 pela falta de viaturas para o efeito.
Segundo os dirigentes sindicais, o edil Desidério Silva disse compreender a pertinências das questões que foram colocadas e admitiu que comunga da ideia que o Centro de Saúde de Albufeira está subdimensionado. Contudo, argumentou que a organização dos serviços de saúde não é da competência do poder local. Desidério Silva terá assumido o compromisso de avaliar as disponibilidades de transporte para as deslocações entre extensões de saúde, ainda que tenha frisado que a concretizar-se esta não será uma solução definitiva.
Em comunicado, o sindicato diz ter consciência dos constrangimentos orçamentais mas considera vital a contratação imediata de enfermeiros. Esta é uma matéria que irão levar à consideração do secretário de Estado da Saúde no próximo dia 27.
“A reforma dos Cuidados de Saúde Primários na perspetiva correta de prestar cuidados de proximidade não se compadece com falta de recursos humanos e/ou materiais. O anúncio que a reforma é prioritária não passa de uma falácia de quem continua a ver a saúde como um trampolim para os votos”, refere o sindicato.
“O Governo e o Ministério da Saúde vão ter que assumir que a inexistência de recursos conduzirá à discriminação de utentes, uns com e outros sem médico e enfermeiro de família. Terá que assumir ainda que muitos dos nossos idosos não receberão cuidados em casa ou pelo menos não os que teriam direito no final de vida. As Unidades de Cuidados na Comunidade estão a ficar muito aquém dos objetivos para uma verdadeira intervenção na comunidade, esgotando-se praticamente nos “tratamentos ao domicílio” e saúde escolar”, acrescenta.

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