Alguns bancos, como o BES, Santander Totta e CGD têm cartões que são simultaneamente de débito e crédito (débito diferido) e por isso recebem mais comissões dos comerciantes.
A nova vaga de cartões que reúnem a possibilidade de se assumirem como cartões de débito e de crédito em simultâneo permitem, a alguns bancos que os disponibilizam, que recebam comissões mais altas quando são utilizados no pagamento de compras ou serviços, segundo revela o jornal “Público”.
Esta situação já foi abordada pela Jerónimo Martins, dona dos supermercados Pingo Doce, quando decidiu que a partir de amanhã, dia 1 de setembro, em compras inferiores a 20 euros não aceita pagamento com cartões.
Na semana passada, quando anunciou essa medida, a empresa explicou ao Expresso que “no momento em que se efetiva o pagamento não há possibilidade de tratar de forma diferenciada os cartões de débito e de crédito”. E acrescentou que “muitos cartões que são de débito para o público em geral geram uma transação de crédito, para efeitos de comissionamento, por na realidade, se tratar de um cartão de débito diferido”.
Aliás a Jerónimo Martins referiu mesmo que já tentou junto da Unicre, bem como a través da SIBS que “se encontrasse uma solução técnica que permitisse distinguir a verdadeira natureza dos cartões de débito e de crédito aplicando a taxa correspondente a cada tipo de transação. No entanto estas entidades recusaram resolver esta questão”.
Na sequência da notícia do “Público”, SIBS emitiu um esclarecimento dizendo que os “cartões referidos na notícia não se referem à marca MULTIBANCO e o uso desta marca e da sua imagem é um abuso das mesmas”, ou seja os bancos emitem os cartões
Ao que refere o “Público” os cartões de débito diferido “podem não implicar custos acrescidos para o clientes, mas alteram profundamente a gestão das contas à ordem, o que está na origem de muitas queixas, designadamente na CGD”.
